Surto de doença na Índia ultrapassa 800 casos e cria 'pânico público' (VÍDEO)

© AP PhotoHospital em Eluru, Índia, durante surto de doença desconhecida
Hospital em Eluru, Índia, durante surto de doença desconhecida - Sputnik Brasil
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Um funcionário relatou um aumento de casos no estado indiano de Andhra Pradesh, com suspeitas de que a contaminação da água possa ter levado ao surgimento de doença misteriosa.

No último fim de semana, a Índia relatou que dezenas de pessoas começaram a apresentar sintomas semelhantes a um ataque epiléptico, como tremores, espuma na boca e náuseas, em Eluru, cidade do estado de Andhra Pradesh.

"Desde 5 de dezembro [foram] relatados 848 casos, [e] 332 desconsiderados até 7 de dezembro. Até agora, sabemos que não é infeccioso", relatou Dolla Joshi Roy, funcionário de vigilância distrital do distrito de Godavari Ocidental, ao qual a cidade pertence, à Sputnik.

Tem havido "pânico público" em todo o distrito, de acordo com Roy.

Seria a COVID-19?

As autoridades centrais devem enviar uma equipe de especialistas para a área nesta terça-feira (8), confirmou o funcionário, acrescentando que a doença não está relacionada à pandemia de coronavírus, com as autoridades suspeitando que ela possa ter sido causada pela contaminação da água, apesar de um funcionário local ter previamente negado essa ligação.

"[Nós] suspeitamos da contaminação da água com metais pesados, compostos organofosforados e contaminação por pesticidas", disse Dolla Joshi Roy.

Segundo ele, as autoridades ainda estão tentando estabelecer a causa da doença que afetou centenas de pessoas, analisando líquido cefalorraquidiano, sangue, soro, água, alimentos, urina, vômito, fezes e amostras de vegetais.

As pessoas afetadas também fizeram tomografias computadorizadas e testes de transcrição reversa da reação em cadeia da polimerase (RT-PCR, na sigla em inglês) para o coronavírus.

"Até agora as tomografias computadorizadas e RT-PCR deram negativo para COVID-19. Portanto, não há correlação entre os dois", acrescentou.

Roy observou que as áreas afetadas estavam em "aflição psicológica", e o governo estava procurando administrar o pânico público através de uma comunicação eficaz.

De acordo com dados relatados previamente, uma pessoa morreu e mais de 300 pessoas foram afetadas, muitas das quais foram hospitalizadas. A causa da doença ainda não foi estabelecida.

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