Sergei Lavrov, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, afirmou no sábado (21), de visita à Armênia, que não há uma outra opção senão o acordo de cessar-fogo e reordenação territorial assinado recentemente por Baku, Erevan e Moscou.
"Conduzimos negociações abrangentes. O foco principal foi nas tarefas que visam garantir a implementação clara e completa da declaração conjunta dos líderes da Rússia, Armênia e Azerbaijão de 9 de novembro sobre a cessação das hostilidades em torno de Nagorno-Karabakh", disse o diplomata russo.
"Todos reconheceram que esta declaração é uma forma que não tem alternativa de resolver a situação, que ganhou um caráter muito, muito grave há algumas semanas", realçou Lavrov em referência ao conflito militar em torno de Nagorno-Karabakh, que dura desde 1988 e se reacendeu pela última vez em 27 de setembro.
O chanceler da Rússia apontou a atenção dada à construção de um processo de cumprimento claro e completo, que impedisse um reacender da guerra e permitisse a realização da operação das forças da paz russas e que todas as partes tentam seguir.
"[...] As tentativas de questionar esta declaração, não apenas dentro do país, mas também no exterior, são inaceitáveis", referiu.
O presidente da Armênia, Nikol Pashinyan, confirmou a adesão total ao acordo de paz, informou Sergei Lavrov.
"Os líderes armênios [...] tanto ele [Pashinyan] quanto o primeiro-ministro, enfatizaram que esta declaração ajudou a resolver os problemas mais graves, ajudou a salvar vidas, e eles estão totalmente comprometidos em assegurar que este acordo continue sendo implementado no futuro."
Em 10 de novembro Vladimir Putin, Ilham Aliev e Nikol Pashinyan, líderes da Rússia, Azerbaijão e Armênia, respectivamente, assinaram uma declaração conjunta sobre a completa cessação das hostilidades em Nagorno-Karabakh.
O acordo prevê que a Armênia e o Azerbaijão mantenham suas forças militares nas posições que ocupavam no momento da assinatura do acordo de paz, vários distritos passam a estar sob o controle de Baku, os lados combatentes trocam prisioneiros e as forças de paz russas ficam posicionadas ao longo da linha de contato em Nagorno-Karabakh e no corredor de Lachin, que liga a república não reconhecida à Armênia, entre outras medidas.