Desde 27 de setembro deste ano, Nagorno-Karabakh viveu duros combates entre forças azeris e armênias, devido ao desentendimento entre Erevan e Baku sobre o status da região.
Contudo, no último dia 9, por intermediação de Moscou, as partes em conflito aceitaram uma declaração de cessar-fogo, apoiada pela introdução de uma força de paz russa, que colocou fim às hostilidades.
A declaração conseguiu resolver diferentes questões de uma só vez. Em primeiro lugar, pôs fim ao conflito sangrento; evitou que as forças de Nagorno-Karabakh sofressem uma derrota completa; permitiu ainda que a guerra não atingisse o território da Armênia e do Azerbaijão.
Se, por um lado, a posição da Rússia no conflito suscitou críticas, por outro, uma pesquisa feita a pedido do serviço russo da Rádio Sputnik mostrou que a grande maioria da população armênia vê com bons olhos a Rússia.
'Rússia, aliada da Armênia'
Na pesquisa, 83,8% dos entrevistados disseram que possuem opinião positiva sobre a Rússia, enquanto somente 9,4% possuem uma opinião negativa.
Além disso, 84,6% dos entrevistados veem a Rússia como um aliado da Armênia, e 62,3% a consideram um país amigo com o qual a Armênia pode contar em momentos difíceis.
Logo em seguida veio a França, considerada por 39,9% dos entrevistados um país amigo, enquanto o terceiro lugar foi para o Irã, com apenas 6,4%. Por sua vez, apenas 5,8% dos entrevistados encaram os EUA como país aliado com o qual os armênios podem contar.
Ajuda político-militar
Por outro lado, 79,6% dos entrevistados responderam que seu país poderia receber ajuda político-militar (armas, envio de tropas, ajuda política internacional, etc.) da Rússia.
Em segundo lugar quanto a uma possível ajuda militar ficou a França (14,4% dos entrevistados), seguida do Irã (6,8%). Em quarto lugar ficaram os EUA com 5%.
Desta forma, a pesquisa provou que os temores de que a assinatura do cessar-fogo em Nagorno-Karabakh teria enfraquecido a posição da Rússia na Armênia não se justificaram.
A pesquisa foi feita em 17 de novembro. Foram entrevistadas 501 pessoas na Armênia por via telefônica.