Enquanto países muçulmanos como Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão decidiram normalizar suas relações com Israel, outras lideranças no mundo islâmico optam pela política oposta, em grande parte explicando suas decisões com base na questão palestina.
De forma semelhante, o premiê paquistanês, Imran Khan, durante entrevista ao canal de TV Dunya News, reiterou sua posição, mas afirmou que está sob pressão internacional para reconhecer a existência do Estado de Israel.
"Eu não tenho de pensar duas vezes sobre o reconhecimento de Israel, a menos que haja um acordo justo que satisfaça os palestinos", declarou.
Por outro lado, perguntado sobre quais países estariam o pressionando para reconhecer o Estado judeu, Khan acrescentou:
"Deixa isso [para lá]. Existem coisas que não podemos dizer. Nós temos boas relações com eles [países]", publicou o portal The Express Tribune citando a fala de Khan na entrevista.
Ainda explicando a razão da pressão, o premiê afirmou:
"A pressão é devida ao forte impacto [influência] de Israel nos EUA. Esta [influência] foi de fato extraordinária durante o período de Trump."
'Israel, e não o Afeganistão, é a grande questão para Biden'
Respondendo a uma série de perguntas sobre as relações de seu país com os EUA, caso Joe Biden assuma a presidência em Washington, especialmente em relação ao Afeganistão, Khan afirmou que não deverá ocorrer mudança na política americana para o Afeganistão.
Contudo, ele ressaltou a importância do relacionamento entre Tel Aviv e Washington para o Oriente Médio.
"O Afeganistão não é a verdadeira questão. A questão real é Israel. Temos de ver como ele [Biden] vai lidar com isso. Se ele vai mudar as políticas de Trump [sobre Israel] ou as continuar [...] Eu não estou certo sobre a política de Biden sobre Israel, Irã e Caxemira, mas eu estou certo que não haverá mudança na política [de Washington] para o Afeganistão. Os democratas também querem sair do Afeganistão", explicou.