"O Ministério da Defesa Nacional [da Coreia do Sul] verificou através de inteligência especial que [a Coreia do Norte] disse [a seus funcionários] para aplicar óleo combustível e queimar [o corpo]", afirmou Joo Ho-young, líder do Partido do Poder do Povo, citado pelo jornal The Korea Herald nesta terça-feira (29).
"Não é o que o Ministério da Defesa julgou por si mesmo, mas o que ouviu com precisão [por inteligência especial]", reforçou Joo.
A Coreia do Norte nega que tenha queimado o corpo do oficial sul-coreano, dizendo que só queimou um material flutuante depois que o homem desapareceu no mar após os disparos dos oficiais de Pyongyang, supostamente como parte do protocolo de medidas contra a COVID-19.

Joo acusou o Partido Democrata, que está no poder, de optar pelo lado norte-coreano da história e garante que a explicação do Ministério da Defesa sul-coreano deve ser acreditada. O Ministério da Defesa manteve sua avaliação anterior de que Pyongyang queimou o corpo.
"Não fornecemos nenhum relato diferente do que explicamos na semana passada […]. Como existem algumas diferenças nos detalhes, no entanto, estamos mais uma vez analisando os materiais relacionados", afirmou o porta-voz adjunto do Ministério da Defesa, coronel Moon Hong-sik.
O imbróglio
Em 24 de setembro, a Coreia do Sul afirmou que um dos funcionários, de 47 anos, de seu Ministério dos Oceanos e Pesca foi morto e queimado em 21 de setembro após ter desaparecido durante o serviço no mar.
O funcionário público teria pulado de seu barco e mergulhado em águas norte-coreanas, supostamente para desertar para Pyongyang. Ele teria sido baleado por soldados norte-coreanos quando tentou fugir do interrogatório dos oficiais.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, pediu desculpas a Seul pelo assassinato. De acordo com Suh Hoon, diretor de Segurança Nacional sul-coreano, Kim assegurou que "sente muito" por "decepcionar" o presidente do país vizinho, Moon Jae-in, e seus cidadãos, prometendo adotar medidas para evitar que o episódio se repita.

Em 26 de setembro, a Coreia do Sul pediu que a Coreia do Norte realizasse uma nova investigação do ocorrido, devido às diferenças nas versões dos dois países.
Na segunda-feira (28), a Coreia do Sul ampliou a busca pelo corpo do oficial. Participam da operação pelo menos seis aeronaves e 45 embarcações. Pyongyang acusou Seul de usar a busca como pretexto para entrar em águas territoriais norte-coreanas e disse que estava conduzindo sua própria busca para localizar os restos mortais do homem. Essa "intrusão" pode levar a uma "escalada das tensões" na região, alertou Pyongyang.
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