Guerra comercial: Huawei construiria fábrica de processadores para garantir cadeias de fornecimento

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Os planos visariam aumentar a independência tecnológica e garantir cadeias de fornecimento de smartphones e computadores produzidos pelos maiores fornecedores de equipamentos de TI do mundo.

A Huawei poderá em breve lançar planos para fabricar processadores domésticos, de acordo com um informe da plataforma Weibo na quinta-feira (13), conforme relatado pelo portal Huawei Central.

A Huawei se prepara para trabalhar com várias empresas e fabricantes de materiais na indústria de fabricação de chips para lançar sua própria fábrica de processadores, bem como chips de circuitos integrados e fábricas que não exijam tecnologias norte-americanas, afirma a notícia.

Anteriormente, o diretor do grupo de negócios do consumidor da Huawei, Richard Yu, disse que sua empresa cessaria a produção de processadores Kirin em setembro, depois que a administração Trump bloqueou o acesso da empresa aos componentes com tecnologias norte-americanas.

O grupo de fabricação de chips da Huawei, HiSilicon, pode projetar processadores, mas as restrições comerciais com a TSMC, uma importante fornecedora de chips da subsidiária de semicondutores HiSilicon, sediada em Taiwan, impedem a gigante tecnológica chinesa de os fabricar com tecnologia dos EUA.

A fonte acrescentou que a Huawei começará a fazer processadores de 45 nanômetros até o final de 2020, planejando outros chips de 28 nanômetros para lançamento no futuro.

Apesar disso, a TSMC e a gigante tecnológica sul-coreana Samsung produzem processadores menores, de três nanômetros e sete nanômetros, forçando a Huawei e HiSilicon a investir fortemente em pesquisa e desenvolvimento para atingir seus objetivos, acrescentou o portal do Huawei.

Na quarta-feira (12), a revista Nikkei Asian Review relatou que Pequim estava procurando contratar mais de 100 engenheiros e funcionários da TSMC em um grande passo para impulsionar as tecnologias de semicondutores da China continental.

Várias empresas chinesas estão dispostas a unir esforços para desenvolver processadores de 12 nanômetros e 14 nanômetros, segundo a Nikkei Asian Review.

© Foto / Pixabay / nanoslavicProcessador (imagem referencial)
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Processador (imagem referencial)

O conselho da Inovação de Ciência e Tecnologia (STAR, na sigla em inglês), sediado em Xangai, China, viu em julho um investimento recorde depois que a Corporação Internacional de Fabricação de Semicondutores (SMIC, na sigla em inglês), fabricante de chips da China continental, listou sua oferta pública inicial no valor de 95 yuan por ação na plataforma de comércio de tecnologia, uma das maiores ofertas das últimas décadas.

Guerra comercial EUA-China

O presidente dos EUA, Donald Trump, prorrogou as medidas sobre as empresas chinesas por mais um ano em maio, levando a TSMC a suspender o embarque de seus chips para a Huawei.

O presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês), Ajit Pai, também designou a Huawei e a ZTE como ameaças à segurança nacional por alegados laços estreitos com o Partido Comunista Chinês e militares, sem entrar em mais detalhes.

Washington tem frequentemente acusado Huawei, ZTE, ByteDance, dona do TikTok, Tencent, dona do WeChat, e inúmeras outras empresas tecnológicas chinesas de espionagem para Pequim, sem apresentar provas.

A Huawei e a Bytedance, bem como Pequim, têm retrucado constantemente as acusações.

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