Células T: imunidade contra COVID-19 pode ser maior do que se pensava, dizem cientistas

© AP Photo / NIAID-RMLImagem do SARS-CoV-2 dado por um microscópio eletrônico
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Pesquisadores em Singapura encontraram um grupo de sobreviventes da epidemia de SARS de 2003 que mantiveram suas células T nos 17 anos seguintes, fornecendo um vislumbre de esperança por uma imunidade duradoura à COVID-19.

As células T são um tipo de glóbulo branco e são as tropas da linha de frente que nosso corpo utiliza para combater doenças e infecções. Em um estudo liderado pela Duke-NUS Medical School, em Singapura, foram coletadas amostras de sangue de 23 pacientes com SARS para verificar a existência de células imunológicas efetivas remanescentes.

Os pesquisadores descobriram que alguns dos infectados pela SARS em 2003 ainda têm suas células T e, portanto, podem estar protegidos contra a reinfecção por SARS. Não há casos registrados de SARS, outro tipo de coronavírus, desde 2004.

Essas descobertas apoiam "a noção de que pacientes com COVID-19 desenvolverão imunidade a longo prazo por células T", escreveram os pesquisadores.

Outros estudos citados na pesquisa mostraram que pessoas que tiveram um resfriado comum nos últimos dois anos mostraram "proteção reativa cruzada" contra a COVID-19, graças a algumas células T restantes.

Cientistas do Instituto de Imunologia La Jolla, na Califórnia, disseram anteriormente que era "tentador especular" sobre uma proteção pré-existente subjacente contra a COVID-19.

© REUTERS / Anton VaganovCientista dilui amostras durante a pesquisa e desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19
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Cientista dilui amostras durante a pesquisa e desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19

O avanço sugerido pelos cientistas de Singapura marca um desenvolvimento significativo para a pesquisa de vacinas, pois ajudaria a determinar com que frequência precisamos de uma injeção de reforço assim que a vacina for encontrada.

Os pesquisadores deram um passo adiante e testaram os "veteranos" da era SARS contra o SARS-CoV-2 e, com certeza, eles exibiram uma reatividade "robusta" no combate à infecção.

A equipe então recrutou 37 voluntários que nunca tiveram coronavírus para ver se a exposição anterior rendeu alguma proteção subjacente, e o que encontraram foi notável: apesar de não haver exposição à SARS ou à SARS-CoV-2, 50% (19) dos os participantes tinham células T capazes de, pelo menos, lidar com células da COVID-19.

"Surpreendentemente, também frequentemente detectamos células T específicas para SARS-CoV-2 em indivíduos sem histórico de SARS, COVID-19 ou contato com pacientes com SARS / COVID-19", escreveram os autores.

A pesquisa sugere que a imunidade à COVID-19 é maior do que o teste de anticorpos revela, e mais uma vez abre a possibilidade de imunidade subjacente e o potencial para uma vacina eficaz mais cedo do que se pensava inicialmente.

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