Embaixador interino da China em Israel compara restrições de viagens por coronavírus a Holocausto

© REUTERS / Antara FotoMédicos borrifam cidadãos indonésios com antisséptico após serem evacuados de cidade epicentro de surto de coronavírus na China, Wuhan
Médicos borrifam cidadãos indonésios com antisséptico após serem evacuados de cidade epicentro de surto de coronavírus na China, Wuhan - Sputnik Brasil
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O embaixador interino da China em Israel comparou o fechamento de fronteiras de vários países a cidadãos chineses devido ao coronavírus à rejeição de refugiados judeus durante o Holocausto. 

Durante uma conferência em Tel Aviv, o diplomata Dai Yuming disse que "erros em limitar ou mesmo barrar a entrada de cidadãos chineses" recordava "os antigos dias, as antigas histórias que aconteciam na Segunda Guerra Mundial, o Holocausto, os dias mais sombrios da história humana". 

"Milhões de judeus foram mortos, e muitos, muitos judeus foram recusados quando tentaram procuram ajuda de outros países. Apenas pouco, muito poucos países abriram suas portas, entre eles a China", disse Dai, segundo publicado pela agência AP. 

Embaixada se desculpou pela declaração

Após a repercussão negativa da declaração, a Embaixada chinesa em Israel divulgou uma nota de desculpando. 

"Gostaríamos de nos desculpar se alguém entendeu nossa mensagem da maneira errada", afirmou o comunicado. "Não houve nenhuma intenção de comparar os dias sombrios do Holocausto com a situação atual e os esforços feitos pelo governo de Israel para proteger seus cidadãos". 

Israel cancelou os voos diretos para a China e o governo autorizou que estrangeiros que visitaram o país asiático nas últimas duas semanas sejam proibidos de entrar em território israelense. 

Vários países do mundo vem adotando medidas semelhantes. Hoje, os EUA anunciaram que vão proibir a entrada no país de estrangeiros que viajaram para a China nos últimos 14 dias. 

Número de mortos na China chegou a 361

O número de mortes pelo novo coronavírus chegou a 361 na China, ultrapassando a contagem de vítimas fatais do surto de SARS entre 2002 e 2003. 

O vírus se espalhou e foram notificados cerca de 150 casos em mais de 20 países. A primeira morte fora da China, de um homem de 44 anos nas Filipinas, foi confirmada neste domingo. 

O surto do novo coronavírus levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar emergência internacional de saúde pública no início desta semana, apesar da entidade reconhecer que a China demonstra uma resposta robusta à doença. 

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