Durante uma conferência em Tel Aviv, o diplomata Dai Yuming disse que "erros em limitar ou mesmo barrar a entrada de cidadãos chineses" recordava "os antigos dias, as antigas histórias que aconteciam na Segunda Guerra Mundial, o Holocausto, os dias mais sombrios da história humana".
"Milhões de judeus foram mortos, e muitos, muitos judeus foram recusados quando tentaram procuram ajuda de outros países. Apenas pouco, muito poucos países abriram suas portas, entre eles a China", disse Dai, segundo publicado pela agência AP.
Embaixada se desculpou pela declaração
Após a repercussão negativa da declaração, a Embaixada chinesa em Israel divulgou uma nota de desculpando.
"Gostaríamos de nos desculpar se alguém entendeu nossa mensagem da maneira errada", afirmou o comunicado. "Não houve nenhuma intenção de comparar os dias sombrios do Holocausto com a situação atual e os esforços feitos pelo governo de Israel para proteger seus cidadãos".
Israel cancelou os voos diretos para a China e o governo autorizou que estrangeiros que visitaram o país asiático nas últimas duas semanas sejam proibidos de entrar em território israelense.
Vários países do mundo vem adotando medidas semelhantes. Hoje, os EUA anunciaram que vão proibir a entrada no país de estrangeiros que viajaram para a China nos últimos 14 dias.
Número de mortos na China chegou a 361
O número de mortes pelo novo coronavírus chegou a 361 na China, ultrapassando a contagem de vítimas fatais do surto de SARS entre 2002 e 2003.
O vírus se espalhou e foram notificados cerca de 150 casos em mais de 20 países. A primeira morte fora da China, de um homem de 44 anos nas Filipinas, foi confirmada neste domingo.
O surto do novo coronavírus levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar emergência internacional de saúde pública no início desta semana, apesar da entidade reconhecer que a China demonstra uma resposta robusta à doença.