Ministra norte-coreana alerta: EUA devem mudar se esperam desnuclearização da península

© REUTERS / Agência de notícias estatal norte-coreana (KCNA)Líder norte-coreano Kim Jong-un inspeciona míssil balístico intercontinental Hwasong-14 em Pyongyang, Coreia do Norte (foto de arquivo)
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Os EUA precisam mudar sua abordagem às negociações de desnuclearização, alertou uma importante ministra norte-coreana, acrescentando que as sanções da ONU não são uma grande dor de cabeça para o país.

Pyongyang é "pouco afetada" pelas restrições econômicas impostas pela ONU para enfrentar suas atividades nucleares, disse à agência de notícias Yonhap nesta sexta-feira a ministra norte-coreana de Assuntos Econômicos Externos, Kim Yong-jae.

A Coreia do Norte enfrentou repercussão internacional quando se retirou do Tratado de Não-Proliferação Nuclear em 2003 e depois realizou uma série de testes nucleares e lançamentos de mísseis balísticos.

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Uma série de resoluções do Conselho de Segurança da ONU, entre outras coisas, proibiu o comércio de armas com Pyongyang e impôs restrições às exportações e importações.

A funcionária afirmou que as sanções "não incomodam" as autoridades em Pyongyang e que a produção nacional de energia e eletricidade aumentou desde o ano passado.

"Deixe-os impor sanções, por 100 ou mil anos, se quiserem - não podemos nos importar menos e somos pouco afetados por eles", declarou.

A ministra também criticou a abordagem de Washington ao programa nuclear da Coreia do Norte, indicando que as autoridades dos EUA deveriam revisar sua estratégia.

"Essas pessoas não devem fazer as coisas do jeito que estão fazendo agora, e precisam mudar o rumo delas", prosseguiu.

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As palavras da ministra chegam apenas um dia depois que o líder norte-coreano Kim Jong-un discutiu a desnuclearização com o presidente russo Vladimir Putin em Vladivostok.

O arsenal nuclear de Pyongyang também ficou em evidência durante a cúpula de Kim com o presidente estadunidense Donald Trump, em fevereiro, em Hanói, que terminou com os dois líderes abandonando as negociações antes do previsto.

Autoridades norte-coreanas revelaram mais tarde que uma das razões era a posição linha-dura de Washington sobre a questão das sanções, acusando a equipe de Trump de uma "abordagem de gângster".

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