Militares estadunidenses planejavam usar armas nucleares na Guerra do Vietnã, diz mídia

© AP PhotoAtaque aéreo norte-americano com napalm durante a Guerra do Vietnã, 1966
Ataque aéreo norte-americano com napalm durante a Guerra do Vietnã, 1966 - Sputnik Brasil
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Durante a Guerra do Vietnã, os militares estadunidenses planejavam atacar as forças do Vietnã do Norte com armas nucleares, mas o presidente Lyndon B. Johnson soube da operação e mandou cancelá-la, informa o jornal The New York Times citando arquivos desclassificados.

De acordo com os documentos, em 1968, o comandante das forças dos EUA no Vietnã, general William C. Westmoreland, ativou a operação denominada Fracture Jaw (Fratura de Mandíbula) que previa deslocar armas nucleares para o Vietnã do Sul para atacar seu adversário do Norte.

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O conselheiro de Segurança Nacional do então presidente, Walt W. Rostow, acabou sabendo da operação de Westmoreland e logo alertou Johnson sobre os preparativos do ataque. O presidente mandou encerrar o projeto.

"Quando ele soube que o plano estava em andamento, ficou extremamente aborrecido e mandou uma mensagem através de Rostow, e acho que diretamente a Westmoreland, para cancelá-lo", disse Tom Johnson, então jovem assessor do líder norte-americano, citado pelo jornal.

Segundo ele, Lyndon B. Johnson receava que a Guerra do Vietnã virasse um "conflito de grande escala" com a participação da China.

"Johnson nunca confiou plenamente em seus generais. Ele tinha grande admiração por Westmoreland, mas não queria que seus generais dirigissem a guerra", acrescentou o assistente.

Os confrontos militares no país asiático duraram mais de 14 anos, desde o final de 1960 até 30 de abril de 1975. Durante oito anos, os EUA combateram no Vietnã, tendo gasto na guerra $738 bilhões. No total, neste conflito armado morreram mais de 1,3 milhões de pessoas.

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