China: guerra de tarifas não acabará com déficit comercial dos EUA

© REUTERS / Hyungwon KangA bandeira da República Popular da China e as Estrelas e Listras dos Estados Unidos tremulam pela Avenida da Pensilvânia, perto do Capitólio dos EUA, durante a visita de Estado do presidente chinês, Hu Jintao em 18 de janeiro de 2011 (foto de arquivo).
A bandeira da República Popular da China e as Estrelas e Listras dos Estados Unidos tremulam pela Avenida da Pensilvânia, perto do Capitólio dos EUA, durante a visita de Estado do presidente chinês, Hu Jintao em 18 de janeiro de 2011 (foto de arquivo). - Sputnik Brasil
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A medida unilateral de Washington de impor mais tarifas não resolverá seu problema de déficit comercial, disse nesta quinta-feira o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, segundo a agência de notícias Xinhua.

Falando em uma coletiva de imprensa, Gao observou que as flutuações do superávit ou déficit comercial dos EUA não são decididas pela Casa Branca, mas pelo próprio mercado. Ele destacou que, apesar das guerras comerciais, o superávit comercial de Pequim em relação aos Estados Unidos aumentou 7,7% (cerca de US $ 181 bilhões) nos primeiros oito meses de 2018.

As exportações da China para os Estados Unidos aumentaram 6,5%, observou ele.

Segundo Gao, o aumento das exportações deve-se principalmente à maior demanda no mercado interno dos EUA. Além disso, uma vez que os exportadores chineses estão preocupados com as mudanças na política tarifária dos EUA, eles tentaram fechar seus negócios antes que tais mudanças pudessem lhes custar.

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O porta-voz também disse que "o déficit comercial dos EUA está relacionado à sua baixa taxa de poupança, ao status do dólar americano como moeda de reserva e ao controle do país sobre as exportações para a China", informou a Xinhua.

Gao disse que a Casa Branca deve reconhecer que as tarifas unilaterais não resolvem o problema e que adote uma abordagem pragmática para garantir o desenvolvimento "saudável e estável" do comércio bilateral.

As tarifas unilaterais da administração Trump fizeram com que China, Canadá, México, União Européia e outros países impusessem tarifas de retaliação aos produtos norte-americanos, especialmente às exportações agrícolas.

As tensões comerciais entre a China e os EUA aumentaram acentuadamente em março, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou as novas tarifas de importação de aço e alumínio. Desde então, Washington e Pequim buscam resolver o conflito comercial em rodadas de reuniões bilaterais. Por enquanto, sem muito sucesso.

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