Bombardeiros dos EUA sobrevoam proximidades do mar do sul da China

© AP Photo / Mindaugas KulbisBombardeiro estratégico B-52 da Força Aérea dos EUA
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Bombardeiros B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos realizaram treinamento nas proximidades do mar do sul da China e da ilha de Okinawa, no sul do Japão, informou a Força Aérea dos EUA nesta sexta-feira (27).

"Os B-52 conduziram o treinamento e depois viajaram para as proximidades de Okinawa para realizar atividade com o USAF F-15C Strike Eagles, antes de retornar a Guam", afirmou a Força Aérea dos EUA, fazendo referência à Base Aérea de Andersen, na ilha de Guam, no Oceano Pacífico.

No mesmo comunicado, Washington afirma que estas missões são realizadas desde 2004 e respeitam as regras do "direito internacional". 

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Um porta-voz da Força Aérea disse: "Esta foi uma missão de rotina".

O exercício foi divulgado na mídia de Taiwan nesta semana, que afirmou que as atividades podem ser um alerta dos Estados Unidos para a China após a crescente presença militar de Pequim em torno de Taiwan.

O porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, foi questionado sobre os bombardeiros norte-americanos em uma entrevista coletiva na quinta-feira, mas disse apenas que as forças armadas chinesas tinham a situação sob controle.

A China vem emitindo alertas cada vez mais estridentes para Taiwan, e tem voado em aviões militares ao redor da ilha, no que a China chama de "patrulhas de cerco".

Pequim teme que o presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista pró-independência, queira pressionar pela independência formal da ilha. Tsai diz que quer manter o status quo e a paz com a China.

O tabloide estatal chinês Global Times afirmou em editorial que se o objetivo das aeronaves militares é enviar um recado, a missão foi um fracasso. 

"Os EUA não podem impedir que o continente exerça pressão militar sobre Taiwan", afirmou. "Aeronaves militares do continente voarão cada vez mais perto de Taiwan e no final voarão sobre a ilha", disse o jornal.

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"Se as autoridades de Taiwan promoverem abertamente a política de 'independência de Taiwan' e cortarem todos os contatos oficiais com o continente, o continente considerará Taiwan um regime hostil e terá meios infinitos para lidar com isso."

Taiwan e o mar do sul da China são dois pontos de atrito entre Washington e Pequim.

A China tem se irritado com as patrulhas norte-americanas de "liberdade de navegação" no disputado mar da China meridional, onde a China reivindica terras para bases militares. Também tem causado descontentamento a relação entre os EUA e Taiwan — que é vista por Pequim como parte seu território. 

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