Pequim planeja construir nova base no mar do Sul da China 'desafiando' Washington

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Pequim está planejando estabelecer outra base no mar do Sul da China para basear veículos submersíveis tripulados e não tripulados, segundo as informações. O relato vem logo após o possível futuro chefe do Comando do Pacífico dos EUA ter dito que as instalações militares subaquáticas da China são uma das maiores ameaças para os EUA.

A base em questão estará localizada na cidade de Sanya, na parte sul da ilha chinesa de Hainan, informou na sexta-feira (20) o jornal Asia Times.

Segundo o jornal governamental chinês People's Daily, o novo centro de pesquisa em Sanya para explorações marítimas e coleta de dados deve estar terminado até 2019. A base, com o valor estimado em cerca de 85 milhões de dólares (R$ 290 milhões), será liderada pela Academia de Ciências da China.

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A instalação poderá abrigar, segundo relatos, entre cinco e sete veículos subaquáticos tripulados e não tripulados, alguns dos quais podem atingir uma profundidade de até 4,5 quilômetros.

Um destes veículos poderá ser utilizado para coletar informações sobre navios estrangeiros realizando operações no mar dos Sul da China, trabalhando junto com submarinos e navios do exército chinês, comentaram analistas para o Asia Times.

Em 10 de abril, China Daily informou que o novo submersível tripulado chinês, Shenhai Yongshi (Guerreiro das Águas Profundas) voltou da sua expedição de 50 dias que Bai Chunli, o presidente da Academia de Ciências, qualificou como "outro avanço da China no desenvolvimento dos submersíveis tripulados de águas profundas".

"A China identificou a guerra submarina como sua prioridade, tanto para aumentar suas próprias capacidades como para desafiar as nossas", declarou perante o Congresso o comandante das Forças da Frota dos EUA, almirante Philip Davidson, nesta semana antes de ser nomeado o próximo chefe do Comando do Pacífico dos EUA.

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Segundo o almirante americano, Pequim está investindo em "submarinos mais silenciosos equipados com armas cada vez mais sofisticadas, drones submarinos, novos sensores" e outros armamentos para ter "melhor compreensão de nossas operações no domínio submarino".

Em janeiro, a Academia de Ciências da China revelou que sensores acústicos submarinos tinham sido instalados estrategicamente para monitorar submarinos dos EUA e seus aliados visitando o território norte-americano de Guam, onde fica uma base militar dos EUA.

No entanto, alguns analistas acreditam a China apenas tem muito que recuperar para desenvolver as capacidades de guerra submarina, o que pode estar motivando seus desenvolvimentos neste setor.

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