De acordo com artigo publicado pelo The Korea Times, a suposta visita de Kim à China, noticiada na última segunda-feira (e ainda não confirmada por Pequim, Pyongyang, Seul ou Washington), estaria relacionada à cúpula sobre o programa nuclear norte-coreano.
"Se a China cortar completamente o envio de suprimentos por seis meses a um ano, o Norte se encontrará em uma situação muito difícil — tão forte que seu colapso não pode ser descartado", explicou a fonte ouvida pela publicação, exaltando a importância chinesa.
Assim, Pequim parece ser o destino em que todos os envolvidos se sentiriam mais confortáveis para a cúpula, sobretudo o líder da Coreia do Norte.
"Kim Jong-un não se sentiria confortável em nenhum local exceto Pyongyang. Considerando que Trump viria a Pyongyang somente quando ele achar que pode conseguir o resultado que quer, a capital chinesa provavelmente será o lugar", sugeriu a mesma fonte ao Korea Times.
A publicação afirmou ainda que, seguindo tal lógica, a mesa de negociações teria três assentos, com a Coreia do Sul ficando fora das discussões mais espinhosas, sobretudo no que diz respeito ao programa de armas nucleares de Pyongyang e o seu possível congelamento, em um primeiro momento, e posterior desmantelamento.
A tendência é que Xi, caso a cúpula ocorra na capital chinesa, defenda o "congelamento pelo congelamento", uma tese já defendida pela China e pela Rússia e que prega a paralisação do programa nuclear norte-coreano, em troca da flexibilização das sanções contra Pyongyang e o fim dos exercícios conjuntos entre Seul e Washington.
As recentes indicações de John Bolton e Mike Pompeo para os cargos de assessor de segurança e secretário de Estado, respectivamente, mostram que o presidente dos EUA quer indicar que não fará muitas concessões aos norte-coreanos. O desafio será achar um meio-termo do agrado de todos os envolvidos.