Especialista explica o que é preciso para cenário otimista na península coreana

© Sputnik / Ilia Pitalev / Acessar o banco de imagensUm grupo de lançadores múltiplos de foguetes M-1985 do Exército Popular da Coreia é visto durante desfile militar em Pyongyang (foto de arquivo)
Um grupo de lançadores múltiplos de foguetes M-1985 do Exército Popular da Coreia é visto durante desfile militar em Pyongyang (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A Rússia apela para que os EUA e Coreia do Norte "expirem" e iniciem as negociações. O especialista em assuntos do Círculo do Pacífico, Vladimir Terekhov, comentou sobre a situação em torno da península coreana, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

Moscou apela para que os EUA e Coreia do Norte "expirem" e iniciem as negociações, afirmou nesta segunda-feira, o vice-chanceler russo, Igor Morgulov.

"Não há outra alternativa além do diálogo. Para iniciar este diálogo, é preciso primeiramente, parar, e expirar", disse Morgulov, em uma reunião do Clube de Discussão Internacional de Valdai, em Seul.

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De acordo com ele, a pausa nas relações entre os EUA e a Coreia do Norte permitirá afastar a situação de um limite perigoso, onde ela está no momento.

"A influência negativa mútua dos testes [de Pyongyang], bem como das manobras [dos EUA e seus aliados] é absolutamente inegável", acrescentou o chefe do ministério russo.

"Se a restrição apresentada por Pyongyang nos últimos dois meses, que não realiza lançamentos desde 15 de setembro, fosse cumprida por passos recíprocos apropriados dos EUA e seus aliados, seria possível a realização de uma nova rodada do nosso processo de mediação [Rússia-China] e, mais concretamente, iniciar negociações diretas entre os EUA e a Coreia do Norte", assinalou o diplomata.

Ele frisou também, que no momento existe o risco do "cenário apocalíptico" na península da Coreia, contudo, a Rússia acredita que ele não virá à tona.

O especialista em assuntos do Círculo do Pacífico, Vladimir Terekhov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik frisou, que Washington ganha devido às tensões que dominam na península coreana. 

"Estas propostas não se ouvem pela primeira vez, não apenas por parte da Rússia, mas também da China. Contudo, os EUA precisam de um determinado nível de tensões na península da Coreia […] A Coreia do Norte já se mostrou pronta para se sentar à mesa de negociações e discutir todo o conjunto de questões. Mas neste sentido, trata-se de um jogo de dois lados, não entre Pyongyang e Washington, mas, sim, entre Washington e Pequim. A Coreia do Norte é apenas uma região pequena onde o confronto entre os EUA e a China está presente", explicou Vladimir Terekhov.

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Ele acrescentou que o compromisso que os EUA e China poderão elaborar, afetará á resolução da crise norte-coreana.

"Após a visita de Trump à China, aparentemente foi concordado algum compromisso. Foi estabelecido o representante oficial da China quanto ao problema norte-coreano, pelo visto, a pressão sobre a Coreia do Norte vem aumentando. Há pouco, os voos de uma empresa norte-coreana em Pequim foram suspensos. Por parte da Coreia do Norte, nos últimos dias, não podemos observar uma retórica forte. Por enquanto, é difícil prever o que será no futuro. Não podemos desmentir que os norte-coreanos podem suspender seu programa nuclear e de mísseis. No meio deste cenário otimístico, os EUA podem tomar algumas medidas como resposta. Acredito que os apelos do Ministério das Relações Exteriores russo quanto ao problema coreano, receba alguma reação", supôs Vladimir Terekhov. 

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