O líder dos nacionalistas canacos da Nova Caledônia falou à Sputnik França sobre os objetivos do seu movimento durante este processo político.
"É preciso tentar neutralizar, regular as questões controversas que afetam as relações entre as comunidades, em particular as relações entre os canacos [povo autóctone da Nova Caledônia] e as outras comunidades", afirmou à Sputnik França o líder do movimento nacionalista Conselho da Caledônia, Roch Wamytan.Ele indicou que, entre as questões controversas, está o problema da propriedade agrária e o da insegurança, bem como o crescimento da criminalidade na Oceânia, em particular entre os próprios canacos.
De acordo com ele, o sistema francês se concentra mais na formação das elites, enquanto as questões da restante população passam para o segundo plano.

"Foram analisadas as razões do aumento da criminalidade na Nova Caledônia, em particular entre os jovens canacos. O crescimento da criminalidade é um indicador de que a comunidade está doente. A sociedade da Nova Caledônia está doente por causa da desigualdade, dos seus medos, do sistema escolar que não permite o sucesso à maioria da população", disse ele, acrescentando que tudo isso afeta negativamente os jovens que, por sua parte, surgem como indicadores do estado da sociedade.
"Como qualquer país colonizado por povos europeus […] exigimos a independência. Queremos recuperar a liberdade para decidirmos independentemente o nosso destino […] Hoje várias etnias estão misturadas entre si. O que queremos fazer em primeiro lugar é criar um país e contribuir para o surgimento do sentimento de identidade nacional", afirmou Roch Wamytan.

O político afirmou que a França quer desempenhar um determinado papel na região. Como disse o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, esta região é o novo centro de crescimento econômico mundial, por isso, de acordo com ele, é difícil imaginar que os líderes franceses não se interessem pela região. De acordo com ele, os franceses fazem tudo para manter a sua presença na região.
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