China possui em suas mãos 'calcanhar de Aquiles' da Defesa dos EUA

© REUTERS / Marinha dos EUA/Erik HildebrandtUm caça-bombardeiro americano F/A-18F Super Hornet sobrevoa o porta-aviões da Marinha dos EUA USS Gerald R. Ford, enquanto este testa seus novos sistemas EMALS e AAG no Atlântico
Um caça-bombardeiro americano F/A-18F Super Hornet sobrevoa o porta-aviões da Marinha dos EUA USS Gerald R. Ford, enquanto este testa seus novos sistemas EMALS e AAG no Atlântico - Sputnik Brasil
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A China é vista pelo Pentágono como um dos principais inimigos potenciais dos EUA. No entanto, o país norte-americano depende inteiramente de Pequim na questão do abastecimento de terras raras, um tipo muito especial de matéria-prima estratégica, informa o RT.

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Segundo revelou Dean Popps, ex-subsecretário do Exército dos EUA, a última mina de terras raras em solo dos EUA fechou em 2015 e em junho deste ano a última fábrica que processa estes materiais foi vendida para uma empresa de mineração chinesa por 20 milhões de dólares. Portanto, a China é atualmente o único jogador no mercado norte-americano de terras raras.

As terras raras são 17 elementos químicos raros na crosta terrestre, mas muito importantes para a tecnologia de ponta e especialmente para a indústria militar, recorda o artigo de Popps na revista The National Interest, citado pelo RT. "Desde o programa Joint Strike Fighter até ao bombardeiro estratégico da nova geração B-21, da aviônica até aos computadores, os elementos raros são indispensáveis para a superioridade militar dos EUA", diz o autor citado pelo RT.

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No entanto, o Pentágono nem sequer tem podido avaliar sua demanda de terras raras para o futuro próximo. Popps admite que atualmente não é percebida a importância destes elementos, que em pequenas quantidades com o custo de apenas 2 dólares podem ser vitais para plataformas que valem bilhões. O alcance da importância destes materiais só pode ser apreciado "quando nossos adversários cortem o fornecimento se aproveitando da nossa maior vulnerabilidade".

O ex-funcionário afirmou que a China já tinha utilizado essa "alavanca geopolítica" em 2010. Em meio à disputa territorial com o Japão sobre as ilhas Senkaku, Pequim limitou as exportações de terras raras, provocando um crescimento brusco de preços de 600%. "Acreditar que a China vai continuar nos fornecendo os materiais necessários para derrotá-la é irresponsável e ingênuo", afirma o autor, pondo a descoberto as intenções agressivas dos EUA em relação a Pequim.

Popps qualifica a dependência dos EUA da China em terras raras como o "calcanhar de Aquiles" da Defesa dos EUA. Na sua opinião, são os "25 anos da política errada de globalização" que causaram o problema.

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