Essa é a sugestão que o parlamentar Ha Tae-keung, da minoria oposicionista do Partido Bareun, que promete protocolar a proposta no Parlamento sul-coreano. De acordo com ele, informar e esclarecer a população da Coreia do Norte é a forma mais efetiva contra Kim.
“Se informação do exterior fosse efetivamente distribuída para o país isolado, acredito que o problema nuclear não existiria agora”, afirmou Ha, um ex-ativista dos direitos humanos, em entrevista ao jornal sul-coreano Korea Times.
“Devemos levar uma mensagem clara às pessoas que podem assistir aos canais sul-coreanos e acessar à internet, aquelas que podem iniciar uma revolta contra o regime”, continuou o parlamentar, que diz ter o apoio de outros 10 colegas do Legislativo local.
O anúncio da proposta, feita em um fórum em Seul, agradou outros presentes, como o acadêmico Kang Dong-wan, da Universidade de Dong-a. Para ele, o acesso a filmes e programas sul-coreanos poderia levar os norte-coreanos a “descobrirem os seus direitos”.
“Isso seria o gatilho para a insatisfação com o regime totalitário. Precisamos de uma estratégia para ganhar os corações norte-coreanos por meio do ‘poder brando’, ao invés das pressões políticas, econômicas ou militares”, emendou.
Desertores apoiam ideia
Embora soe pretensiosa, a proposta também foi aprovada por um desertor norte-coreano que hoje viva na Coreia do Sul. De acordo com Kim Hyung-soo, “até agora, informações externas apenas visavam pessoas comuns”.
“No Norte, no entanto, funcionários de alto escalão também são oprimidos e podem liderar o movimento pró-democracia, uma vez que eles acordem”, afirmou.
Para Kim, tais informações externas poderiam até mesmo facilitar o caminho para os que pensam em desertar da Coreia do Norte, mas não possuem conhecimentos suficientes para tomar tal decisão.
“Desde que escutei o rádio sul-coreano por seis anos, eu poderia me estabelecer aqui de forma mais confortável do que outros desertores”, revelou.
A produção de material customizado para a população norte-coreana foi também defendida por Thae Yong-ho, um ex-diplomata da Coreia do Norte que fugiu no país no ano passado.
“Assisti filmes e dramas sul-coreanos quando eu estava no Norte. Eles estavam entretendo e me fizeram invejar o sistema rico, mas não era eficaz para esclarecer os moradores e deixá-los interessados na democratização”, comentou.
Além da programação da TV sul-coreana, outras formas de levar tais informações à Coreia do Norte discutidas na proposta envolvem desde o uso de rádios AM, até mesmo a utilização de drones para que pendrives sejam entregues no país vizinho.
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