Os militares estadunidenses elaboraram um plano de ataque preventivo contra as plataformas de lançamento de mísseis norte-coreanos caso o presidente dos EUA, Donald Trump, ordene realizá-lo, informa o canal de televisão NBC citando fontes nas Forças Armadas do país.
O elemento crucial do plano, segundo as fontes, é um ataque contra as plataformas de lançamento de mísseis norte-coreanos usando bombardeiros estratégicos B-1B Lancer da base militar norte-americana localizada na ilha de Guam.
As relações entre a Coreia do Norte e os EUA deterioram-se drasticamente nos últimos dias. Pyongyang estaria considerando a possibilidade de um ataque de mísseis contra as bases militares dos EUA na ilha de Guam. Em resposta, o presidente norte-americano Donald Trump ameaçou a Coreia do Norte com "fogo e fúria como o mundo jamais viu" em caso de as ameaças aos EUA persistirem.
A região de Guam é um território norte-americano não incorporado na Micronésia, localizado na parte sul das Ilhas Marianas, no Oceano Pacífico. As instalações militares na ilha estão entre as bases americanas de maior importância estratégica no Pacífico Ocidental.Na situação atual, podemos esperar quaisquer passos da parte de Washington, disse ao serviço russo da Rádio Sputnik o major-general retirado e presidente da Associação Nacional de Oficiais Retirados das Forças Armadas da Rússia (MEGAPIR em russo), Vladimir Bogatyrev.
Considerando as últimas ações de Trump na Síria — um golpe completamente inesperado contra estruturas alegadamente ligadas a um suposto ataque químico, uma série de outras ações empreendidas por ele e pelo Pentágono para assustar o mundo, para além de seu constante desejo de se mostrar como um "cara durão", podemos esperar quaisquer passos aventureiros.
Entretanto, o especialista militar sublinha que Donald Trump está se tornando cada vez mais fraco na luta política interna. Por isso, destaca, precisa de alguns fatores e ameaças exteriores. Sim, a Coreia do Norte se comporta de forma bastante vigorosa e desafiadora em resposta às ações que são dirigidas contra ela.Só que, nos últimos tempos, a retórica dos EUA se resume a resolver os problemas em todas as regiões do mundo através da força, acrescentou.
Ao mesmo tempo, o especialista não acredita que a Coreia do Norte vá agravar as tensões intencionalmente, essas são ações de autodefesa:
A única coisa que a Coreia do Norte deseja é continuar a existir na qualidade de Estado com suas próprias peculiaridades, regime, economia, cidadãos. Quer determinar seu destino por si própria: se nos deixarem em paz, não vamos desenvolver esse programa — eis a sua posição. A Coreia do Norte quer se proteger de modo seguro como fizeram o Paquistão e a Índia, obtendo armas nucleares para autodefesa.O especialista russo concorda que "isso é muito perigoso, mas, lamentavelmente, é assim".
"Limitar e, se for possível, parar o desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte é a tarefa de toda a comunidade internacional, na qual todos os países do Conselho de Segurança da ONU, incluindo a China e a Rússia, participam ativamente", destacou.
Em seu ponto de vista "é possível atingi-lo usando apenas meios políticos ou, se for preciso, econômicos. Se forem tomadas medidas militares, tal poderá provocar uma resposta séria. Não é aceitável empurrar um país para a autodefesa, usando instrumentos tão duros".
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