Insolúvel: EUA e Coreia do Norte batem o pé em causa própria e medo da guerra se aproxima

© REUTERS / KCNANesta foto sem data que foi divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte em Pyongyang no dia 7 de Março de 2017, o líder da Coreia do Norte Kim Jong-un supervisou o lançamento de mísseis balísticos das unidades da artilharia de Hwasong das Forças Estratégicas do Exercito Popular da Coreia
Nesta foto sem data que foi divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte em Pyongyang no dia 7 de Março de 2017, o líder da Coreia do Norte Kim Jong-un supervisou o lançamento de mísseis balísticos das unidades da artilharia de Hwasong das Forças Estratégicas do Exercito Popular da Coreia - Sputnik Brasil
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Que ninguém espere qualquer solução de curto prazo para a crise na Península Coreana. Neste mês, dois testes com mísseis balísticos intercontinentais (ICBM, na sigla em inglês) da Coreia do Norte só aumentaram a tensão na região, e os discursos deste domingo demonstram que a situação parece insolúvel.

Do lado norte-americano, o vice-presidente estadunidense Mike Pense disse que o país seguirá colocando pressão sobre Pyongyang para que o país desista do seu programa nuclear e dos seus testes balísticos. Nada menor do que isso não será aceito pela Casa Branca, segundo ele.

“As contínuas provocações do regime desonesto na Coreia do Norte são inaceitáveis e os Estados Unidos da América continuarão a liderar o apoio de nações da região e de todo o mundo para isolar a Coreia do Norte economicamente e diplomática”, disse Pence durante uma visita oficial que realizou à Estônia.

“O presidente dos Estados Unidos está liderando uma coalizão de nações para pressionar para que a Coreia do Norte abandone permanentemente seu programa de mísseis nucleares e balísticos”, emendou o vice-presidente de Donald Trump.

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Pence também foi outro a criticar a postura da China ao longo dos últimos meses. No sábado, Trump disse estar decepcionado com a falta de avanços por parte da política de Pequim para pressionar o regime de Kim Jong-un a recuar em suas atividades militares.

“O presidente deixou isso claro em suas conversas com o presidente Xi [Jinping] que, enquanto a China tomou medidas sem precedentes para começar a isolar economicamente a Coreia do Norte e a exercer pressão diplomática, acreditamos que a China tem uma relação única com o regime na Coreia do Norte e tem uma única capacidade de influenciar as decisões desse regime”, ponderou.

Também neste domingo o regime comunista não deu qualquer indicativo de que irá diminuir os seus testes balísticos. Muito pelo contrário.

“O disparo de mísseis balísticos frente aos EUA não vai parar até que os políticos da administração Trump mudem sua posição estratégica [sobre a Coreia do Norte] e estejam envolvidos em comportamentos voltados para o futuro”, publicou o jornal Chosun Sinbo, pró-Pyongyang e baseado em Tóquio, no Japão – frequentemente usado pelo regime para expressar suas opiniões.

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Ainda de acordo com a publicação, “o lançamento bem sucedido mostra” que a Coreia do Norte “é capaz de atingir o coração dos Estados Unidos, o principal culpado por ameaças de uma guerra nuclear”, completou.

“O confronto de longa data entre [Coreia do Norte] e os EUA finalmente entrou no estágio final […]. O teste público do ICBM tomou a forma de uma guerra de procuração entre [o regime norte-coreano] e os EUA. As grandes nações desenvolvem armas em absoluto sigilo, mas não há necessidade norte-coreana em fazê-lo”, disse o jornal.

A comunidade internacional vive ainda a expectativa de um novo teste nuclear por parte de Pyongyang, segundo dados colhidos pela inteligência dos EUA e da Coreia do Sul. O aniversário de um ano do último teste do tipo realizado pelo país asiático está chegando. Já uma solução para a crise, não.

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