Produzido pelo Centro de Inteligência Nacional de Ar e Espaço, o documento intitulado “Ameaça de mísseis balísticos e de cruzeiro” traça o desenvolvimento de programas balísticos de Coreia do Norte, Rússia, China e Irã.
No trecho sobre o programa norte-coreano, os analistas apontam que Pyongyang parece estar melhorando os seus CRBMs com o alcance máximo deste tipo de mísseis, logo abaixo dos 300 quilômetros. A avaliação é semelhante à feita sobre os iranianos.
“O Irã e a Coreia do Norte provavelmente progrediram para a produção do Fadj-5 Aero CRBM e do KN-SS-X-9, respectivamente. Se os iranianos e os norte-coreanos usam sistemas de navegação por satélite (como o GPS) a bordo de seus CRBMs, a distância desses CRBMs pode ser reduzida a dezenas de metros”, diz o relatório.
A comunidade internacional conhece dois modelos de mísseis de curto alcance da Coreia do Norte: o Toksa e o KN-SS-X-9, que tem alcance de 120 quilômetros e 190 quilômetros, respectivamente, de acordo com o documento da inteligência dos EUA.
“A alta precisão dos CRBMs seria um multiplicador de força para as forças de artilharia iraniana e norte-coreana, dando-lhes capacidade de ataque de precisão contra alvos de alta prioridade”, completa o documento, produzido antes do primeiro teste norte-coreano com um míssil intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), há duas semanas.
O relatório afirma também que Coreia do Norte, China, Irã, Índia e Paquistão estão desenvolvendo novos mísseis de alcances médio e intermediário, os quais em muitos casos poderão ser equipados com ogivas não convencionais. “Destes países, apenas o Irã não realizou testes nucleares”, diz o documento.
Pyongyang: 'EUA estão pasmos com nossos sucessos'
A perspectiva de novas sanções contra si fez o governo norte-coreano classificar tais ações como “medo dos EUA” diante dos recentes sucessos de Pyongyang em seus testes balísticos. A informação foi publicada pelo jornal estatal norte-coreano Rodong Sinmun.
“Espantado como está pelos sucessos da Coreia do Norte no teste com o míssil balístico intercontinental Hwasong-14, os Estados Unidos dão passos frenéticos ante o Conselho de Segurança das Nações Unidas para criar outra ‘resolução sobre sanções’ contra a Coreia do Norte mais duras que as demais”, disse um representante do Ministério de Relações Exteriores à publicação.
O mesmo funcionário da chancelaria norte-coreana reforçou que o país irá responder com um “ato de Justiça”, caso novas sanções sejam impostas pelo conselho. Porém, ele não revelou qual ação seria essa.
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