EUA não conseguiram assustar Coreia do Norte: que fazer agora?

© Sputnik / Ilia PitalevKim Jong-un durante parada militar dedicada ao 105 aniversário do seu avô, Kim Il-sung, Pyongyang, 15 de abril de 2017
Kim Jong-un durante parada militar dedicada ao 105 aniversário do seu avô, Kim Il-sung, Pyongyang,  15 de abril de 2017 - Sputnik Brasil
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Depois do lançamento do míssil balístico de Pyongyang, falho, segundo informou a mídia e o Pentágono, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, declarou que a "paciência estratégica" de Washington em relação a Pyongyang se tinha esgotado e sublinhou que chegou a altura "de alcançar a paz pela força".

O lançamento falho deve ser bom para os EUA, não é?

Mas, se olharmos mais atentamente, a imagem não parece assim tão boa, escreve Ruslan Karmanov para a Sputnik.

Se acreditarmos na mídia norte-americana (que procura interpretar a situação com um "nós batemos em todos"), veremos que em simultâneo ocorreu uma série de acontecimentos pouco agradáveis.

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O primeiro foi que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, apesar de todas as intimidações, realizou este teste. Se Kim não ficou assustado com todas estas notícias de uma armada poderosa e de um ataque preventivo, então essas pressões não fazem sentido. O xerife apenas tira a arma do coldre para atirar. Se ele não atirar, ninguém mais terá medo do xerife. Este exemplo funciona no caso da Coreia do Norte. Kim Jong-un não se assustou com a principal arma americana: duas frotas com porta-aviões e as forças unidas dos vassalos fieis aos EUA: Coreia do Sul e Japão.

"Não está claro quem será próximo alvo das intimidações dos EUA? O [líder chinês] Xi Jinping?", pergunta o analista.

Para quê então, se não para o enriquecimento pessoal dos congressistas, precisam os EUA de enviar este monte de navios caríssimos, se disparar a partir deles é um prazer muito caro, e sem tiros até Kim deixou de ter medo deles, opina o autor.

Outro aspecto. Os EUA declararam: "Quando a nossa inteligência detectar uma tentativa para realizar testes, a nossa força prevenirá imediatamente com o lançamento de um ataque." Resultado: o lançamento foi efetuado sem qualquer tentativa para impedi-lo e com o governo americano explicando que o teste foi apenas de um míssil não nuclear e isso não conta.

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Assim, o que temos? Temos uma inteligência tão "bem-sucedida" que não pôde detectar um míssil desenvolvido por pessoas ignorantes com gorros, como caracteriza a mídia ocidental os norte-coreanos. Será que o sistema de alerta precoce e outro equipamento militar moderno não conseguiram detectar um míssil mau, estúpido, ridículo? Será que foi Trump quem se assustou?

Podemos imaginar que o sistema antimísseis americano não funcionou, porque, se não for assim, se pode chegar a outra conclusão. Que foi Trump que no último momento mudou de ideia e desistiu de prevenir o lançamento norte-coreano. Ou foi o exército que, mesmo recebendo a ordem, não cumpriu seu dever.

Alguma coisa deu errado na "recuperação das posições de liderança dos EUA". Eles lideram apenas na imitação de atividade, mas nestes termos eles sempre foram os primeiros, ironiza Ruslan Karmanov.

"Que chato, galera!", termina seu artigo o colunista usando a frase recém pronunciada por Vladimir Putin, também em relação aos EUA.

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