A agência japonesa Kyodo havia antes informado que Abe apoiou "a determinação" dos EUA, virada, segundo ele, contra a utilização de armas químicas, sublinhando que o ataque contra a Síria teve por objetivo evitar o agravamento da situação. De acordo com a Kyodo, o ministro das Relações Exteriores japonês, Fumio Kishida, também afirmou que "aprova a firmeza de cumprir os compromissos para impedir a proliferação de armas químicas".
"O premiê Abe considera que o uso de armas químicas é inadmissível e apoiou a determinação dos EUA de tratar desse problema. Mas já sublinhei que Shinzo Abe, apesar da informação apresentada em algumas mídias, não expressou apoio às ações militares estadunidenses na Síria ao falar com (o presidente dos EUA) Donald Trump, ele nem sequer mencionou a questão", disse Muneo Suzuki, explicando ao vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Morgulov, que dessa maneira Abe tomou em consideração "o fator russo".
A oposição síria informou em 4 de abril que o ataque químico na cidade de Khan Shaykhun, na província de Idlib, deixou 200 vítimas, 80 das quais mortais, acusando as tropas governamentais de usarem armas químicas. As últimas, por sua vez, negaram totalmente as acusações, dizendo que a responsabilidade recai sobre os militantes e seus patronos.Os EUA, sem apresentarem quaisquer provas e sem atenderem aos apelos da Rússia para realizar uma investigação completa, em 7 de abril atacaram uma base aérea síria. Entretanto, as autoridades sírias negaram que exército governamental tivesse usado armas químicas contra os civis ou contra os terroristas, acrescentando que todo o arsenal químico tinha sido retirado do país sob o controle da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).
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