Coreia do Norte poderá criar ogivas nucleares para mísseis balísticos?

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Caso a Coreia do Norte não seja freada, ela poderá criar partes nucleares para seus mísseis balísticos de pequeno e médio alcance, bem como para intercontinentais. Para neutralizar a ameaça, a comunidade internacional deve fazer o país norte-coreano se interessar pela cooperação pacífica, opina o analista Viktor Murahovsky.

Mais anteriormente, a Yonhap comunicou que a Coreia do Sul registrou o lançamento de um míssil desconhecido para o mar do Japão a partir do território da Coreia do Norte. A agência não exclui que se trate do lançamento de teste do míssil balístico KN-08 ou KN-14. 

O secretário geral japonês do gabinete de ministros comunicou aos jornalistas que a Coreia do Norte realizou lançamentos de 4 mísseis, três dos quais caíram em zona econômica especial do Japão. Segundo o Comitê dos chefes de Estados-Maiores das Forças Armadas da Coreia do Sul, os mísseis da Coreia do Norte ultrapassaram uma distância de mil quilômetros e alcançaram 260 quilômetros de altitude.

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Os recentes testes na Coreia do Norte são realizados pelos exercícios militares de grande escala entre Coreia do Sul e EUA. Estado-Maior da Coreia do Norte advertiu na semana passada que vai responder a essas manobras. Como foi comunicado, em 12 de fevereiro Pyongyang realizou o lançamento do míssil balístico de médio alcance. 

"Sem dúvida alguma, os mísseis são balísticos. A maior questão em todo este programa da Coreia do Norte é se eles conseguiram ou não criar partes nucleares para seus mísseis de médio alcance. Para especialistas, os testes de armas nucleares realizados na Coreia do Norte alcançaram o nível de criação de bomba nuclear para aviação", acrescentou Murahovsky em entrevista à Sputnik, adiantando que se as atividades da Coreia do Norte não forem freadas, eles poderão criar partes nucleares para seus mísseis.

Segundo o especialista, a Coreia do Norte está na fase de testes e utilização de mísseis balísticos de médio alcance. 

​"Especialistas acreditam que o alcance do míssil possa atingir 3 mil quilômetros. Isso não é bastante para chegar ao território dos EUA, mas alcança o Japão. Eles já têm mísseis com alcance de 1 a 1,5 mil quilômetros. Estão passando para outra etapa", sublinhou o analista militar. 

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De acordo com Murahovsky, as ameaças não são sentidas apenas pelo Japão, mas também pelos EUA, China e Rússia. Com relação ao último país citado, a Rússia propôs caminho das negociações diplomáticas e reforço da cooperação internacional com a Coreia do Norte. 

"E o caminho escolhido pela Coreia do Sul com o apoio completo dos EUA foi deslocar o sistema de defesa antiaéreo THAAD e realizar exercícios conjuntos com EUA, direcionando a Coreia do Norte para o caminho do desenvolvimento acelerado de tecnologias nucleares", frisou Murahovsky. 

Segundo o analista, a comunidade internacional deve fazer com que a Coreia do Norte se interesse pela cooperação pacífica. Somente assim, o país norte-coreano cessará desenvolvimento de seu potencial nuclear, conclui.

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