China a Trump: 'O programa nuclear norte-coreano é problema seu'

© REUTERS / KCNALançamento do míssil balístico Pukguksong-2 pela Coreia do Norte
Lançamento do míssil balístico Pukguksong-2 pela Coreia do Norte - Sputnik Brasil
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A China rejeitou a pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para reconsiderar sua relação com a Coreia do Norte, sugerindo que Washington cuide de seus problemas com Pyongyang.

Em uma entrevista na quinta-feira, Trump expressou preocupação com o desenvolvimento contínuo da Coreia do Norte de mísseis balísticos e com a militarização dos territórios de Pequim no Mar da China Meridional. "Eu sei exatamente o que está acontecendo entre a China e a Coreia do Norte e todo mundo", disse ele, "Eu não estou gostando".

Donald Trump na mídia chinesa (Foto de arquivo, 10 de novembro de 2016) - Sputnik Brasil
Trump: EUA e China podem se dar bem
Trump disse que quer que a China influencie Pyongyang, para controlar suas atividades militares, especialmente aquelas que envolvem armas nucleares, afirmando que Pequim pode intervir na Coreia do Norte "muito facilmente se quiser".

Pequim pediu publicamente a desnuclearização de Pyongyang no passado, e exortou a nação cada vez mais isolada a retornar à mesa de negociações para garantir a segurança global.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, respondeu a Trump, dizendo em uma entrevista coletiva: "Nós já dissemos muitas vezes que o cerne da questão nuclear norte-coreana é o problema entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte. Nós esperamos que as duas partes desempenhar o papel do dever e, em conjunto com a China, promovam um debate construtivo para a paz e a estabilidade na península coreana e para a sua desnuclearização ".

Geng também disse à Xinhua que os EUA superestimam a influência da China sobre a Coreia do Norte. "A Casa Branca Trump precisa fazer o primeiro movimento e conversar com Pyongyang. Os Estados Unidos não perderão nada por tentar isso", disse ele.

Depois de outro teste de mísseis balísticos na Coreia do Norte, Pequim anunciou na semana passada que proibiria as importações de carvão de Pyongyang. O Ministério do Comércio chinês disse que isso foi feito de acordo com uma resolução da ONU concordando em impor sanções contra Pyongyang depois que o país detonou cinco armas nucleares em 2016.

Depois da quinta detonação em setembro de 2016, Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, observou: "O núcleo da questão é o conflito entre a [República Popular Democrática da Coreia] e os EUA. São os Estados Unidos quem deveriam refletir sobre como a situação se tornou o que é hoje e buscar  uma solução melhor. Os EUA devem assumir as suas devidas responsabilidades.

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Pyongyang disparou de volta após o anúncio da proibição de Pequim, com a agência de notícias coreana cemtraçacusando a China de "dançar conforme a música dos  EUA, defendendo seu mal-comportamento com tais desculpas que se pretendem não a um impacto negativo sobre a vida das pessoas na RPDC, mas sim verificar o seu programa nuclear ".

Geng sustentou que as relações entre os dois países asiáticos ainda estão intactas. "Estamos dispostos a trabalhar com a Coreia do Norte para promover o desenvolvimento estável e saudável das relações", disse ele.

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