China conquista mercado mundial de serviços nucleares com novos avanços tecnológicos

© AP Photo / Xinhua, Cheng LiTokamak chinês EAST (reator experimental de fusão nuclear)
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A China exportou à UE equipamentos energéticos da sua própria fabricação para usinas nucleares, informou o jornal chinês People’s Daily na quinta-feira (16).

Segundo a edição, pela primeira vez, aquecedores de baixa pressão foram desenvolvidos pela empresa Dongfang Electric Heavy Machine Co seguindo os padrões da União Europeia. Os produtos chineses vão substituir equipamento instalado em várias usinas nucleares construídas pela companhia francesa Electricite de France (EdF).

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Ao importar esse produto nuclear, pela primeira vez, a União Europeia reconheceu durabilidade e segurança dos equipamentos chineses. Produtos da China na área nuclear começam a conquistar o mercado europeu graças à correlação favorável preço-qualidade.

Atualmente, o Reino Unido está avaliando o design do reator nuclear chinês HUALONG-1 em termos do seu impacto sobre o meio ambiente. Conforme o acordo bilateral, as empresas China General Nuclear Power Group e a Electricite de France pretendem equipar as usinas nucleares britânicas Sizewell C e Bradwell B com reatores chineses.

Chen Fengying, especialista do Instituto de Relações Internacionais da China, opina que a entrada do país no mercado de serviços nucleares se deve ao desenvolvimento prioritário da sua energia atômica.

Em entrevista à Sputnik China Fengying disse:

"É um avanço da China no mercado de tecnologias nucleares. Em 2016, China General Nuclear Power Group e Electricite de France investiram em conjunto à construção da usina Hinkley Point С no Reino Unido. A exportação de aquecedores de baixa pressão, elaborados e produzidos pela companhia Dongfang Electric Heavy Machine Co, demonstrou crescimento do potencial produtivo da China."

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Segundo ele, "o futuro do uso global do átomo pacífico tem fronteiras bastante amplas e, neste sentido, o espaço para o desenvolvimento da China é considerável".

A entrada da China no mercado europeu neste segmento se deu por causa das tentativas da UE de bloquear investimentos chineses na área de altas tecnologias.

Segundo o analista financeiro Dmitry Tatas, "a China é um país grande com reservas internacionais consideráveis. Investi-las em ações norte-americanas é uma alternativa bastante passiva, por isso a China compra ativos financeiros por todo o mundo".

"Claro que empresas de alta tecnologia representam interesse especial. Isso preocupa as maiores economias da UE", sublinha.

Um grande número de transações e aquisições da China literalmente invadiu a Alemanha em 2016 quando foram fechados 68 contratos no valor total de 12,6 bilhões de dólares. A preocupação de que as tecnologias mais avançadas estariam nas mãos da China atingiram seu auge quando Kuka, um dos líderes mundiais em construção de robôs industriais, foi adquirido pela produtora chinesa Midea.

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