Marinha da Índia aprende como combater submarinos chineses

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A cada ano a Índia realiza seus exercícios militares de grande escala TROPEX. Dos exercícios de 30 dias, que começaram em 24 de janeiro de 2017, participam cerca de 50 navios e submarinos, mais de 70 aeronaves da Marinha indiana, bem como da Força Aérea e da guarda costeira.

As manobras são destinadas, em particular, ao treinamento da luta antissubmarino nas atuais condições mais difíceis. Os indianos tencionam aumentar significativamente as capacidades da sua força antissubmarino devido à crescente atividade dos submarinos nucleares chineses no oceano Índico, considera Vasily Kashin, analista militar russo.

"A experiência, o nível de prontidão de combate e o nível técnico da frota submarina chinesa está crescendo ativamente desde 2000. Atualmente, os submarinos da China realizam missões com duração de até 100 dias. A presença da frota submarina chinesa no oceano Índico pode se tornar permanente", explica Kashin.

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O oceano Índico tem uma importância vital para a China, porque é por lá que passam as vias de comunicação marítimas que abastecem a economia chinesa. Por isso, a presença militar da China só vai aumentar. Estas vias de comunicação estratégicas são apenas um dos motivos para escalada do conflito marítimo entre a China e Índia.

Os submarinos nucleares chineses provavelmente irão patrulhar o mar do Sul da China, enquanto a frota indiana de submarinos nucleares permanecerá nas áreas do oceano Índico, esclareceu o analista militar.

"A crescente atividade da frota submarina chinesa provoca preocupações sérias aos indianos. Por causa disso, a Índia presta muita atenção à modernização e aperfeiçoamento de seus meios de guerra antissubmarino. Em particular, foi feita uma modernização profunda, com ajuda da Rússia, dos aviões antissubmarino russos Il-38 e foram adquiridos aviões de patrulha americanos P-8 Poseidon", disse Kashin.

Nos treinamentos TROPEX-2017, a marinha indiana está treinando operações de busca e vigilância de submarinos inimigos. O papel de inimigo convencional será desempenhado pelo submarino nuclear de fabricação russa Chakra, do projeto 971-U, que supera qualquer submarino nuclear chinês. Se a marinha indiana aprender a combater este inimigo perigoso, as suas chances de conseguir vigilar submarinos chineses aumentarão significativamente.

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De acordo com Vasily Kashin, entre a Índia e China surgem esferas potencialmente perigosas de competição militar, que antes apenas existiam entre grandes potências como a Rússia e os EUA. Algumas das crises envolviam as respectivas frotas submarinas.

"A Índia e a China estão desenvolvendo suas capacidades militares, que antes tiveram apenas as superpotências nucleares. Ambos os países querem, como resultado, criar tríades nucleares plenas, construir sistemas de defesa antimíssil e submarinos nucleares poderosos", destaca Kashin em uma entrevista à Sputnik China.

Por isso, sublinha ele, é muito importante para a comunidade internacional que a Índia e a China tenham contatos estreitos na área militar, contatos que estejam protegidos das mudanças nas relações intergovernamentais. As partes devem compartilhar dados e informações sobre suas atividades para resolver situações críticas ou possíveis incidentes.

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