Cooperação técnico-militar russo-chinesa está voltando aos 'bons velhos tempos'

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A visita oficial do ministro de defesa, Sergei Shoigu, na China - Sputnik Brasil
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O chefe do Ministério da Defesa russo, general de exército Sergei Shoigu, disse durante uma visita a Pequim que durante um ano a Rússia e a China implementaram contratos na esfera técnico-militar no valor de 3 bilhões de dólares.

Segundo disse á Sputnik China o especialista militar russo Vasily Kashin, o volume anual da cooperação técnico-militar russo-chinesa, em termos nominais, excedeu os níveis recorde dos anos de 1990-início de 2000. Mesmo considerando a inflação, se pode dizer que os fornecimentos russos de produtos e serviços militares à China estão de volta aos "bons velhos tempos". Ao mesmo tempo, a dependência da Rússia do mercado de armas chinês agora é menor do que há 15 anos, e a cooperação técnica militar russo-chinesa é muito mais variada e mais profunda do que nunca.

"No campo da cooperação técnico-militar, obtivemos sérios sucessos. Chegamos ao nível dos cerca de três bilhões de dólares em contratos anuais de uma diferentes orientações. Mas todos eles estão sendo executados, em diferentes graus, no âmbito de uma cooperação técnico-militar mutuamente benéfica", disse o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, durante uma reunião com o presidente do Comitê Nacional do Conselho Consultivo Político Popular da China, Yu Zhengsheng.

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Assim, se pode concluir que, tanto no ano passado, em 2015, como durante os 10 meses de 2016 anteriores à visita de Shoigu à China em 2016, o volume de exportações militares russas para a China ascendeu a mais de 3 bilhões de dólares. O máximo histórico na quantidade de fornecimentos para a China foi alcançado em 2002 com 2,7 bilhões de dólares. A preços de 2016, tendo em conta a inflação do dólar, isto equivaleria a 3,6 bilhões de dólares. Assim, o recorde anual do "século de ouro" da cooperação técnico-militar russo-chinesa, que durou de 1992 a 2003, provavelmente ainda não foi batido, mas no geral a cooperação voltou aproximadamente aos mesmos níveis. É claro que há diferenças substanciais relativamente aos velhos tempos, tanto em termos do papel da China nas exportações russas de armamento, como em termos de estrutura da cooperação.

Nos anos 1990-2000 a China era um mercado importante para as armas russas. Em alguns anos sua participação nos fornecimentos poderia se aproximar dos 50%. Hoje, a China é responsável dificilmente supera os 20% das exportações militares russas. Ao mesmo tempo, se no passado a indústria de defesa russa era dependente da exportação de armas, agora essa fonte de renda está para ela em terceiro lugar, depois dos fornecimentos ao seu próprio exército e da produção de bens civis.

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A estrutura da cooperação também se alterou. Os grandes fornecimentos de sistemas de armas acabados tem agora menos importância. Aparentemente, a taxa de execução do contrato de 3 bilhões de dólares por ano tinha sido ultrapassada antes mesmo do início das entregas à China de sistemas de mísseis antiaéreos S-400 e de caças Su-35 de acordo com os contratos de 2014 e 2015. Isto significa que quase todo o volume de fornecimentos é composto por motores e outros componentes de alta tecnologia para os sistemas de armas chineses, bem como pela participação russa nos projetos de desenvolvimento conjuntos e na produção de sistemas de armas na China.

Tais formas de cooperação têm grandes vantagens quando comparadas com os fornecimentos do tipo dos anos de 1990. Entre as empresas russas e chinesas está sendo definido um nível mais elevado de interação e interdependência. Peritos industriais dos dois países têm a oportunidade de conhecer melhor uns aos outros. Isto dá esperança de uma maior expansão da cooperação com a seu alastramento às indústrias civis.

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