Japão poderá impedir presença das forças dos EUA nas Curilas caso Rússia repasse as ilhas?

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No contexto da visita do presidente russo, Vladimir Putin, ao Japão, programada para dezembro, fontes da diplomacia informaram à agência Kyodo News que o Japão poderá impedir a instalação de militares dos EUA nas Ilhas Curilas caso a Rússia as repasse ao Japão.

Tóquio acredita que tal promessa possa ajudar a convencer a Rússia em ceder as ilhas ao Japão.

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Anteriormente, fontes diplomáticas informaram à agência Kyodo News que, após o acordo de paz, Moscou poderá repassar duas ilhas japonesas, Shikotan e Habomai, segundo está previsto na declaração conjunta entre Japão e URSS de 1956.

Porém, as mesmas fontes apontam que a Rússia possa estar preocupada com eventual instalação de militares dos EUA nestas ilhas (o que está previsto pelo acordo conjunto entre o Japão e os EUA na área de segurança) após possível entrega ao Japão.

Neste contexto o governo japonês está analisando um possível impacto que esse assunto poderá exercer sobre as negociações com Moscou. Segundo fontes, Tóquio está considerando a possibilidade de excluir as ilhas do artigo 5 do acordo.

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Mas isso não significa que o acordo entre o Japão e EUA será revisto.

Uma fonte informou à edição The Japan Times que "a Rússia não concordará em repassar as ilhas até que seja descartada a possibilidade de posicionamento das forças militares norte-americanas lá".

Na segunda-feira (31), o governo japonês negou oficialmente estar examinando a possibilidade de impedir a instalação das forças estadunidenses nas Ilhas Curilas.

Tóquio reclama a soberania das ilhas Iturup, Kunashir, Shikotan e Khabomai, referindo-se ao Tratado de Shimoda sobre comércio e fronteiras assinado em 1855. Moscou, por sua vez, considera que Ilhas Curilas do sul foram anexadas à União Soviética em resultado da Segunda guerra Mundial e que a soberania da Rússia, que tem a formalização jurídica internacional adequada, não pode ser contestada.

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