Possível morte de Kim Jong-un não eliminará problemas existentes e até poderá gerar novos

© REUTERS / KCNAO líder norte-coreano Kim Jong-un
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A Coreia do Sul receia que Pyongyang possa realizar teste nuclear pela sexta vez.

De acordo com informações, em janeiro de 2017, a Coreia do Norte vai celebrar o aniversário do líder Kim Jong-un com vasto programa de festas a nível nacional, o que acontecerá pela primeira vez na história do país. Neste contexto, Seul não exclui que os militares norte-coreanos possam preparar "um presente" para o seu chefe. A inteligência espacial registrou aumento da atividade no polígono onde a Coreia do Norte já realizou cinco testes nucleares, incluindo o maior da história do país, realizado em 9 de setembro.

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Em outubro, o Ministério da Defesa sul-coreano apresentou ao parlamento do país sua concepção, intitulada "Coreia: punição e retaliação em massa" (Korea Massive Punishment & Retaliation, KMPR). Segundo a mídia sul-coreana, que cita uma fonte do Ministério da Defesa, "assim que recebermos dados que a Coreia do Norte está de prontidão para um ataque nuclear, ataques destrutivos serão lançados contra todos os bairros de Pyongyang".

A fonte aponta que, "ao receber um ataque tão destrutivo, que reduzirá a cinzas todo o governo do país, a Coreia do Norte deixará de existir como estado pleno".

Porém, vale notar que tais medidas extremas serão adotadas apenas no pior dos casos.

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, afirma que "Kim Jong-un deve sentir o perigo direto a sua vida…" e espera que o líder norte-coreano avalie suas políticas, desistindo da elaboração de armas nucleares e mísseis.

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Em entrevista à Spútnik Japão, Konstantin Asmolov, especialista do Centro de Estudos Coreanos, destacou que a essência do problema é a "pressão psicológica". Ele acredita que "a morte de Kim Jong-un poderá não resultar no término dos problemas existentes, mas sim, no início de novos e muito mais graves".

"Se alguém decidir bombardear instalações nucleares norte-coreanas, depois de duas horas, uma nuvem radioativa alcançará a cidade de Vladivostok (Extremo Oriente da Rússia). Por isso, nem a Rússia nem a China se beneficiariam com colapso algum na Coreia do Norte, seja uma guerra civil ou uma catástrofe humanitária", aponta Asmolov.

Ele qualifica como "suicídio cruel" o ataque da Coreia do Norte contra a Coreia do Sul.

"Não vale a pena considerar que Kim Jong-un tenha interesse em cometer suicídio…", conclui.

Entretanto, as manobras militares dos EUA e da Coreia do Sul – Invincible Spirit 2016, que decorrem nesta semana, trabalham a favor do cenário KMPR acima descrito.

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Delas participam 40 navios da Marinha sul-coreana e um grupo de ataque da 7ª frota norte-americana, incluindo o porta-aviões Ronald Reagan. Os exercícios visam treinar possível ataque preventivo instantâneo com mísseis de cruzeiro de alta precisão. Ao mesmo tempo, no Estado do Alasca, os EUA, o Japão e a Coreia do Norte praticam ações conjuntas de ataque contra objetos fortificados, complexos de mísseis e instalações militares terrestres.

Segundo o plano, está previsto que a Ilha de Ulleungdo, no mar do Japão, servirá como base para forças especiais. Em 2017, lá será iniciada a construção de objetos de infraestrutura e, em 2018, a Coreia do Sul pretende posicionar unidades permanentes de fuzileiros navais.

Todas estas hipóteses poderão se tornar realidade caso a Coreia do Norte lance seus mísseis. Mas, todavia, é cedo afirmar que Pyongyang planeja realizar lançamentos ou outros testes nucleares.

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