Especialista russo: ações da China podem colocar Japão em situação difícil

© AP Photo / XinhuaBombardeiro H-6K patrulha o mar do Sul da China
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Recentemente, um grupo de mais de 40 aviões de combate da força aérea chinesa, que incluia diferentes tipos de caças, aviões-tanque e novos bombardeiros H-6K, sobrevoou o Estreito de Miyako em direção à parte ocidental do Oceano Pacífico.

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Não foi o primeiro voo de bombardeiros chineses nesta área. Os voos regulares de H-6K na região começaram em meados de 2015 e isto não pode ser visto como um gesto meramente político, disse à Sputnik China o especialista militar russo Vasily Kashin.

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Leia a íntegra do comentário:

"O H-6K é capaz de transportar seis mísseis de cruzeiro e existe uma versão, segundo a qual os bombardeiros chineses estão treinando variantes de ataque contra o Japão a partir de diferentes direções. Um grupo de 20 bombardeiros teoricamente poderia realizar um ataque simultâneo com 120 mísseis de cruzeiro e defendê-lo usando sistemas de defesa antiaérea seria quase impossível.

"O Japão se dá conta dessa ameaça por parte dos bombardeiros e mísseis de cruzeiro chineses e espera neutralizá-la, particularmente reforçando sua aviação baseada perto das ilhas Luchu. Os primeiros caças F-35 já estão entrando ao serviço e os caças F-15J da Força Aérea do Japão serão modernizados e seu armamento será reforçado. Também será reforçado o sistema de vigilância por radares nesta região.

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"<…> Assim, as condições empurram ambos os países para uma corrida armamentista, porque cada país tenta obter a supremacia aérea ar sobre o mar do Sul da China e sobre as Ilhas Luchu. Entretanto, os bombardeiros H-6K são os mais numerosos, mas não são os mais perigosos portadores de mísseis de cruzeiro para o Japão. A ameaça mais grave é a possibilidade de lançamento de mísseis pelos submarinos chineses, porque o míssil pode não ser detectado antecipadamente, e se for detectado – será já na parte final da sua trajetória.

"<…> Surge a pergunta se o Japão tem uma chance para sobreviver a um conflito, mesmo pequeno, com a China sem resultados catastróficos. Neste momento o poder militar das forças armadas da China e o apoio dos EUA [ao Japão] dão essa chance. Mas no futuro a balança de forças pode se deslocar para o lado da China. Nesse caso, o Japão deve alcançar um acordo estratégico com a China nas condições dos chineses ou reforçar rapidamente o exército e construir seus próprios mísseis de cruzeiro, o que será muito dispendioso, e entrar numa confrontação com a China."

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