Estratégia norte-americana pode empurrar Rússia e China para criação de DAM conjunta

© flickr.com / Mark HollowayO sistema estadunidense da defesa antimíssil THAAD
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Em 15 de agosto, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul divulgou uma declaração em que promete minimizar os danos do sistema norte-americano THAAD na península coreana tanto para os residentes locais, como para o meio-ambiente. Entretanto, nenhumas promessas podem reduzir as tensões e protestos dos sul-coreanos.

Os que protestam consideram que são reféns do acordo entre os EUA e o governo sul-coreano, que ameaça o país com uma possível resposta de parte da Rússia e China.

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A Rússia disse repetidamente que está contra a instalação do THAAD na Coreia do Sul sob pretexto da ameaça nuclear de Pyongyang. Os meios de detecção destes complexos têm um alcance de 1,5 mil quilômetros. Assim, a Coreia do Sul poderá dar espiadas no território da Rússia e, com uma distância mais longa, no da China.

Na opinião do especialista militar Vladimir Evseev que deu entrevista à Sputnik Japão uma resposta adequada a este passo seria criar um sistema antimíssil único da Rússia e China.

"Os EUA resolvem uma tarefa tática mas perdem estrategicamente como uma consequência da instalação do sistema antimíssil na Coreia do Sul é a continuidade da aproximação entre Moscou e Pequim. Em particular, na área de criação de defesa antimíssil", disse Evseev.

Segundo o especialista, a China possui radares que podem servir como sistema de aviso antecipado de um ataque com mísseis. A Rússia também têm sistemas de vários tipos.

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Os radares de nova geração que estão nas regiões de Kaliningrado e Irkutsk são parte de um sistema integrado de aviso sobre ataque com mísseis. Com efeito, ele está controlando quase todo o espaço orbital e aéreo ao longo da fronteira russa. Em termos de precisão e alcance, a capacidade de alterar a direção do monitoramento não têm análogos em todo o mundo. A China e a Rússia podem se completar uma à outra.
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"Ainda antes se planejava realizar essas atividades entre a Rússia e os EUA. Agora é impossível fazê-lo com os EUA, mas é real em relação a Pequim. Centros assim podem ser criados em Moscou e Pequim, para onde serão enviadas as informações de aviso antecipado sobre ataques com mísseis em regime de tempo real. A seguinte etapa pode ser a realização de treinamentos conjuntos de defesa antimíssil no polígono russo de Ashuluk", afirmou o especialista.

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Evseev sublinhou que a China possui um lazer militar que pode afetar objetos no espaço orbital próximo. A Rússia ainda não usa tais lazeres. Simultaneamente, a Rússia tem um sistema de defesa antimíssil ao redor de Moscou, que inclui sistemas que podem interceptar mísseis em altitudes de 60 km e que a China não possui. Elas têm o que oferecer uma à outra.

Moscou e Pequim já realizaram os primeiros treinamentos antimísseis com uso de modelação computorizada. Um passo seguinte, na opinião de Evseev, pode ser uma experiência de intercepção conjunta de mísseis balísticos no polígono de Ashuluk se os meios diplomáticos e protestos dos sul-coreanos não forem capazes de parar a construção do sistema antimíssil norte-americano na Coreia do Sul.

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