O Vietnã está deslocando sistemas de mísseis para as ilhas Spratly, no mar do Sul da China. A China já expressou o seu protesto. O Departamento de Estado dos EUA considerou o passo como “uma ação que provoca tensões crescentes” e apelou ao Vietnã para retirar os mísseis das ilhas disputadas.
Na opinião do conhecido especialista russo em assuntos asiáticos Vladimir Kolotov, esta reação dos EUA não é surpreendente.
"Os norte-americanos incentivaram em 1974 a grande expansão chinesa no mar do Sul da China. Deram luz verde à China na sua intenção de ficar com as ilhas Paracel, retirando dali a guarnição sul-vietnamita. Guardaram silêncio em 1988 quando a China tomou as Spratly. Porque deveriam agora ficar ao lado do Vietnã?", disse Kolotov.
Na sua opinião, não há qualquer esperança de que os EUA tomem outra atitude nesta disputa.
"<…> os norte-americanos querem conter a China usando outros países da região. Estão protegendo somente os seus interesses, ora os interesses do Vietnã e dos EUA nem sempre coincidem", afirmou.
Segundo o especialista, o Vietnã apelou por muito tempo a respeitar o direito internacional, tentou resolver o assunto por meios pacíficos, mas isso não deu resultado. A China fez tentativas de ampliar a sua zona de controle, criar ilhas artificias e implantar ali infraestruturas militares.
"O equilíbrio de poder se alterou muito a favor da China. O Vietnã está dando os primeiros pequenos passos para mudar a situação. Não quer que os acontecimentos de 1988 se repitam. É o seu território e tem o direito de instalar quaisquer armas que queira no seu território", sublinhou o especialista.
"<…>o Vietnã é o país mais forte no Sudeste asiático em termos militares, ele não sofreu nenhuma derrota militar durante o século XX", disse.
O Vietnã começou o seu jogo na política regional porque considera que as palavras devem ser apoiadas por ações para que os parceiros ouçam o que dizem políticos e diplomatas vietnamitas.
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