Especialistas, que estudaram a múmia de 2.000 anos atrás, sugerem se tratar do sacerdote Nespamedu, o oculista pessoal do faraó Ptolomeu II e possivelmente Ptolomeu III entre os anos 300 e 200 a.C.
Os pesquisadores tiveram apenas 15 horas para examiná-las: os visitantes do museu não deviam reparar a fuga das múmias, nem tampouco os pacientes deviam suspeitar que dividiram hospital com pessoas que morreram uns 2.000 anos atrás.
Os resultados da tomografia revelados depois de dois anos confirmam as imagens de várias divindades ocultas nas ataduras, sendo a mais notável a representação de Thoth, o deus dos oftalmologistas, fazendo com que pesquisadores pressupusessem que Nespamedu era um oculista também.
"Não há nada casual na iconografia e é evidente que queria registrar as suas crenças e responsabilidades que o levaram ao mais alto nível da sociedade", afirma o comunicado do Museu Arqueológico Nacional.
O fato de ter sido um médico de faraó fez pensar que uma parte da sua vida decorreu em Alexandria, onde era a corte de Ptolomeu, explicam os pesquisadores.