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Atos antidemocráticos: TSE investigará origem dos financiamentos das manifestações no 7 de setembro

As manifestações a favor do governo Bolsonaro contaram com inúmeras faixas, em diversas línguas, pedindo intervenção militar e com críticas aos ministros do STF e ao presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.
Sputnik
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luís Felipe Salomão, vai investigar quem financiou os atos no feriado de 7 de setembro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quer descobrir se houve pagamento de transporte, diárias, quem participou da organização e se houve conteúdo de campanha eleitoral antecipada.
Fontes do TSE informaram ao portal G1 nesta quarta-feira (15) que essa inclusão é um desdobramento relevante nas investigações de atos com pautas antidemocráticas, principalmente apurando se as manifestações foram, ou não, espontâneas e se teve conteúdo eleitoral.
Ato a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, em 7 de setembro de 202
A investigação visa apurar ainda se houve abuso de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação social, corrupção, fraude e condutas vedadas a agentes públicos.
O inquérito é fruto de procedimento aberto para que autoridades públicas apresentassem provas que comprovassem ocorrências de fraude no sistema eletrônico de votação nas eleições de 2018, em particular nas urnas eletrônicas.
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz discurso durante manifestação em seu apoio em São Paulo, em 7 de setembro de 2021

Atos no 7 de setembro

O ato em defesa do governo Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu cerca de 125 mil pessoas no 7 de setembro.
As manifestações em Brasília e São Paulo contaram com inúmeras faixas, em diversas línguas, pedindo intervenção militar e com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.
O próprio presidente fez duras ameaças ao STF e seus ministros, focando principalmente no ministro Alexandre de Moraes. Dias depois, divulgou a carta "Declaração à Nação", na qual tenta se reconciliar com o Judiciário brasileiro.
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