Desperdícios dos EUA na 'reconstrução' do Afeganistão são revelados

© REUTERS / Andrew BurtonUm soldado do Exército dos EUA com a Charlie Company, 36º Regimento de Infantaria, 1ª Divisão Blindada no distrito de Maiwand, em serviço na província de Kandahar, no Afeganistão
Um soldado do Exército dos EUA com a Charlie Company, 36º Regimento de Infantaria, 1ª Divisão Blindada no distrito de Maiwand, em serviço na província de Kandahar, no Afeganistão - Sputnik Brasil, 1920, 22.08.2021
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Entre outros gastos difíceis de justificar está a criação de um uniforme de camuflagem para utilização em áreas arborizadas, quando no Afeganistão os bosques ocupam apenas 2% do território.

Durante sua presença no Afeganistão, os EUA gastaram um total de mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,38 trilhões) em projetos que deviam ter fortalecido o país, porém que fracassaram, informa a Bloomberg, citando o inspetor-geral especial para a reconstrução do Afeganistão, John Sopko.

"É duro falar que tudo se desperdiçou [...] E ainda há graves problemas, e eu tenho sérias preocupações e acredito que nossos militares também, bem como a maioria dos observadores, a história não terminou", observou.

A luta contra a produção de drogas absorveu uma parte significativa dos gastos. De fato, os EUA atribuíram quase US$ 9 bilhões (R$ 48,4 bilhões) para este objetivo, embora os resultados sejam totalmente opostos, já que o cultivo de papoula dobrou no território afegão.

Segundo os dados de Sopko, neste ano os EUA desperdiçaram US$ 549 milhões (R$ 2,9 bilhões) em 20 aviões cargueiros defeituosos, que foram depois vendidos a preço de sucata.

Outro desperdício foi destinado à construção de um centro de formação, por US$ 500 mil, que foi demolido depois de quatro meses de uso.

Além disso, Washington desembolsou US$ 28 milhões (R$ 150,6 milhões) para criar fardas com padrão de camuflagem para seu uso em florestas, quando as áreas de bosque cobrem apenas 2% do território afegão.

Entre outros exemplos de desperdício, o inspetor mencionou os US$ 176 milhões (R$ 946 milhões) que foram investidos na construção de uma rodovia, que foi destruída em menos de um mês, bem como US$ 36 milhões (R$ 193 milhões) destinados à criação de um comando central que não foi utilizado devido a um erro na instalação das linhas elétricas.

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