'Facebook não está matando pessoas': Biden clarifica sua fala de desinformação sobre COVID-19

© REUTERS / Dado RuvicFacebook app is seen on a smartphone in this illustration taken, July 13, 2021.
Facebook app is seen on a smartphone in this illustration taken, July 13, 2021. - Sputnik Brasil, 1920, 20.07.2021
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Na sexta-feira (16) Joe Biden, presidente norte-americano, disse que o gigante das redes sociais Facebook está matando pessoas com publicações hostis às vacinas contra o coronavírus.

Após seus comentários de segunda-feira (19) sobre o caminho da economia dos EUA para a recuperação, Joe Biden, presidente dos EUA, esclareceu aos repórteres que sua administração não acredita que o Facebook e outras plataformas de mídia social estejam "matando pessoas" mas que servem de fórum público para a desinformação da COVID-19.

"O Facebook não está matando pessoas. Essas 12 pessoas estão por aí dando informações equivocadas", disse ele, em referência a um relatório de maio do Centro para Contrariar Ódio On-line (CCDH, na sigla em inglês), uma ONG financiada pelos EUA e pelo Reino Unido.

"Qualquer pessoa que ouça [a desinformação] está sendo prejudicada por ela. Está matando pessoas. É má informação", continuou ele.

O relatório do CCDH afirma que 12 indivíduos, apelidados de "a dúzia da desinformação", são responsáveis por cerca de 65% da desinformação relacionada às vacinas contra o SARS-CoV-2 divulgada nas redes sociais.

O Facebook questionou a metodologia do relatório e publicou também na sexta-feira (16) uma refutação das afirmações de Biden sobre a disseminação de desinformação sobre as vacinas na rede social. Além do presidente norte-americano, tanto Jen Psaki, secretária de imprensa da Casa Branca, quanto Vivek Murthy, cirurgião-geral dos EUA, soaram o alarme sobre a necessidade de combater a desinformação pandêmica.

Biden disse aos repórteres na segunda-feira que, ao invés de o Facebook ficar "pessoalmente" ofendido pelos comentários de sua administração, o gigante de TI deveria "fazer algo a respeito da desinformação, da desinformação escandalosa sobre a vacina [contra a COVID-19]".

"Era isso que eu queria dizer", concluiu o chefe do Executivo dos EUA.

Após ser questionado se vai responsabilizar as plataformas de mídia social por serem fóruns públicos de desinformação sobre a vacinação, Joe Biden declarou que ele "não está tentando responsabilizar as pessoas".

"Estou tentando fazer com que as pessoas olhem para si mesmas", explicou.

"Se olhe no espelho. Pense na desinformação que vai para seu filho, sua filha, seu parente, alguém que você ama. É isso que estou pedindo."

Embora Biden não tenha expressado planos de responsabilizar diretamente o Facebook pela disseminação de sentimentos antivacinas, sabe-se que a Casa Branca estará trabalhando com o Facebook para sinalizar "publicações problemáticas" na plataforma, segundo comentários de quinta-feira (15) de Psaki aos jornalistas.

O Facebook e a Casa Branca ainda não mencionaram seus critérios para determinar o que torna um post de redes sociais "problemático", mas o "conteúdo confiável" da Casa Branca será "impulsionado" no Facebook.

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