Em janeiro passado, o Congresso dos EUA derrubou o veto presidencial a um enorme projeto de lei de combate à lavagem de dinheiro de 2020, a primeira tentativa de apertar esses controles em 20 anos.
Esta lei fornece novas tecnologias e recursos financeiros para FinCen, subordinada ao Departamento do Tesouro dos EUA, a principal agência reguladora que monitora globalmente transações financeiras suspeitas.
Um componente central do projeto de lei para fortalecer os controles de lavagem de dinheiro é a Lei de Transparência Corporativa, que exige que todas as corporações e sociedades de responsabilidade limitada revelem seus beneficiários reais no novo registro da FinCen, alerta o escritório de advocacia White & Case.
A mídia russa prevê que este poderoso órgão, que conseguiu desativar as economias de jurisdições tão fortes como Chipre e Malta em apenas um dia, em breve terá oportunidades ilimitadas de "entrar" em qualquer país.
Além disso, os reguladores dos EUA pretendem analisar a natureza do mercado de criptomoedas com um volume estimado de US$ 1,5 trilhão (cerca de R$ 7,6 trilhões) e estabelecer uma estrutura rígida para a nova classe de ativos. As autoridades estão preocupadas com a falta de supervisão e controle adequados sobre a circulação de moedas digitais no país. Elas acreditam que isso põe em risco o bem-estar financeiro dos cidadãos e das empresas.
Já foi realizada a primeira reunião da equipe interdepartamental formada por funcionários dos três principais reguladores dos EUA e dedicada à criptografia: o Escritório do Controlador da Moeda, o Federal Reserve e a Corporação Federal de Seguros de Depósitos. Isso indica que as criptomoedas estão agora no campo de visão das autoridades norte-americanas e estarão sujeitas ao controle estrito do Estado.
