Blinken diz que EUA estão ficando 'atrás da China' em oportunidades comerciais relativas ao clima

© REUTERS / Jacquelyn MartinO secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fala sobre mudanças climáticas na Chesapeake Bay Foundation em Annapolis, Maryland, EUA, 19 de abril de 2021
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fala sobre mudanças climáticas na Chesapeake Bay Foundation em Annapolis, Maryland, EUA, 19 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 20.04.2021
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Segundo o governo norte-americano, a China exporta uma série de produtos que amenizam o impacto ambiental e climático, e que essa é a hora dos EUA começarem a traçar uma estratégia para não "ficarem para trás".

Na segunda-feira (19), durante entrevista a repórteres na cidade de Annapolis, no estado norte-americano de Maryland, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou preocupações relativas à política de Washington sobre a crise climática, pois acredita que se fracassar nos esforços para enfrentá-la "terá grandes repercussões" econômicas, podendo ficar atrás da China, segundo a CNN.

"No momento, estamos ficando para trás. A China é o maior produtor e exportador de painéis solares, turbinas eólicas, baterias e veículos elétricos. Detém quase um terço das patentes mundiais de energia renovável", disse Blinken citado pela mídia.

Para o secretário, o cenário das mudanças climáticas é tão impactante que transformará qualquer desafio de segurança em algo fatal: "Escolha um desafio de segurança que afete os Estados Unidos, a mudança climática provavelmente o tornará pior", declarou.

Ainda segundo o secretário, se os EUA não agirem agora, haverá "grandes repercussões" para a segurança nacional, apontando para a presença crescente da Rússia e da China no Ártico, bem como o impacto que desastres naturais têm sobre a migração.

"Se não a alcançarmos [a China], os Estados Unidos perderão a chance de moldar o futuro climático mundial de uma forma que reflita nossos interesses e valores, e perderemos incontáveis ​​empregos para o povo norte-americano", disse Blinken citado pela mídia.

Os comentários do secretário acontecem antes da Cúpula do Clima, organizada pelo presidente Joe Biden, nesta quinta-feira (22). A China também estará presente, mas até agora não anunciou quem participará em nome do governo chinês.

© REUTERS / Lucas JacksonNa Groenlândia, o colapso de uma geleira mostra a força do impacto climático (foto de arquivo)
Blinken diz que EUA estão ficando 'atrás da China' em oportunidades comerciais relativas ao clima - Sputnik Brasil, 1920, 20.04.2021
Na Groenlândia, o colapso de uma geleira mostra a força do impacto climático (foto de arquivo)

Apesar das referências de Blinken à competição com a China, ele enfatizou que Washington precisa trabalhar com Pequim para enfrentar a crise climática.

No domingo (18), após visita do enviado especial dos EUA para assuntos do Clima, John Kerry, a Xangai, o governo norte-americano e chinês firmaram compromisso conjunto para lutar contra a crise climática e ambiental.

Em comunicado, o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente da China declarou que "ambos os lados reconhecem que a mudança climática é uma ameaça séria e urgente à sobrevivência e ao desenvolvimento da humanidade [...]. Vamos [os EUA e a China] fortalecer a cooperação [...] para enfrentar essa crise", conforme citado pela CNN.

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