EUA reconhecem colaboração da China para limitar programa nuclear iraniano

© REUTERS / Nicholas KammNed Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, durante coletiva de imprensa no Departamento de Estado norte-americano em Washington, EUA, 25 de fevereiro de 2021
Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, durante coletiva de imprensa no Departamento de Estado norte-americano em Washington, EUA, 25 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 31.03.2021
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A China tem colaborado com os Estados Unidos nos esforços para limitar o programa nuclear do Irã, disse nesta quarta-feira (31) o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price.

Em entrevista coletiva, Price assinalou que a "competição" define o relacionamento dos Estados Unidos com a China, mas ressaltou que, em alguns casos, existem "áreas bastante próximas de alinhamento tático", e que, após as conversas realizadas entre ambos os países nos últimos dias, descobriu-se que o Irã é uma delas.

"A China tem cooperado nos esforços para restringir o programa nuclear do Irã ", disse o porta-voz.

Price assinalou que a China é um membro original do grupo P5+1 e que não é do interesse de Pequim que "o Irã desenvolva uma arma nuclear". Além disso, o porta-voz enfatizou que os governos norte-americano e chinês estão alinhados na questão do programa nuclear iraniano.

"Nós nos engajamos com todas as partes para incluir a China na questão do Plano de Ação Conjunto Global [JCPOA, na sigla em inglês] e no que vem depois", afirmou o porta-voz, que acrescentou que os Estados Unidos estão dispostos a entrar em um diálogo significativo com o Irã para encontrar uma solução para o retorno mútuo ao JCPOA.

"Claro, continuaremos a envolver a China e outros países para dissuadi-los de tomar medidas relacionadas ao Irã ou a qualquer outra questão que ameace os nossos interesses", afirmou o porta-voz.

Ao ser perguntado sobre o acordo recentemente concluído entre Irã e China, Price disse que as sanções dos EUA relacionadas ao Irã "permanecem em vigor, até que sejam levantadas como parte de um processo diplomático."

"Abordaremos quaisquer esforços de evasão das sanções", enfatizou o porta-voz.

Plano de Ação Conjunto Global

Em 2015, o Irã assinou o JCPOA com o grupo de países P5+1 (Estados Unidos, China, França, Rússia, Reino Unido e Alemanha) e a União Europeia.

O acordo exigia que o Irã reduzisse o seu programa nuclear e diminuísse severamente suas reservas de urânio em troca do levantamento das sanções, que incluiria a suspensão do embargo de armas cinco anos após a adoção do acordo.

Contudo, os Estados Unidos abandonaram sua postura conciliatória sobre o Irã em 2018, retirando-se do JCPOA e implementando políticas de linha dura contra Teerã, o que fez com que a nação persa abandonasse em grande parte as suas obrigações.

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