O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo (21), a distribuição e comercialização massiva do Carvativir, um "antiviral" desenvolvido por cientistas do IVIC que, segundo autoridades sanitárias, serviria para inibir o coronavírus. Maduro fez o anúncio ao relatar a implementação de duas semanas de quarentena radical no país, devido ao aumento dos casos da COVID-19.
"Vamos distribuir o Carvativir em todo o país para seu uso profilático, terapêutico e regenerativo. Depois dos estudos farmacológicos, este antiviral foi aprovado pelas autoridades sanitárias venezuelanas", frisou o presidente.
A autorização do novo medicamento é dada justamente quando o governo passa a intensificar alertas sobre os riscos da segunda onda de infecções da COVID-19. Situação que foi agravada, em grande parte, pela entrada da variante brasileira conhecida como P1 e pelo aparente relaxamento da população em cuidados preventivos.
Durante seu discurso, Maduro elogiou os benefícios farmacológicos do Carvativir e estimulou o uso como terapia para pacientes enfermos e até mesmo como um medicamento regenerativo para pessoas convalescendo da doença.
¡Certificado!
— Ministerio para Ciencia y Tecnología (@Mincyt_VE) February 1, 2021
Científicos del IVIC corroboran que el Carvativir ha demostrado capacidad antiviral para bloquear la infección del SARS-CoV-2
Investigadores confirmaron hoy que este medicamento tendría efectos potencialmente positivos en la salud del paciente.#CienciaEsSoberanía pic.twitter.com/5jqYTaXvhT
Certificado! Os cientistas do IVIC confirmam que o Carvativir demonstrou capacidade antiviral para bloquear a infecção por SARS-CoV-2. Os pesquisadores confirmaram hoje (1/2) que esta droga teria efeitos potencialmente positivos na saúde do paciente.
O processo de distribuição do Carvativir na Venezuela começou nesta semana de forma gratuita nos hospitais e em breve deverá ser disponibilizado para venda em farmácias do país sul-americano.
O que é o Carvativir?
O Carvativir é apresentado pelas autoridades venezuelanas como um medicamento natural e inofensivo que atua como um "poderoso antiviral", composto por uma molécula purificada, sintetizada e modificada: o isotimol, medicamento que estimula a resposta imunológica em humanos. Eles alegam que o Carvativir atua como adversário do coronavírus na replicação de sua carga viral, a ponto de neutralizá-la ao aplicar um tratamento prolongado, explicam os pesquisadores encarregados do projeto.
Autoridad Única de Salud Barinas junto al Jefe Regional de Epidemiología y Directores de Hospitales Centinelas recibieron 649 tratamientos de las gotas milagrosas, Dr. José Gregorio Hernández, Carvativir para pacientes sintomáticos COVID-19#QuedateEnCasa #RadicalContraLaCovid19 pic.twitter.com/Sb8IEjQHTi
— Fundación Misión Barrio Adentro Barinas (@FMBABarinas) March 22, 2021
A Autoridade Única de Saúde Barinas juntamente com o Chefe Regional de Epidemiologia e Diretores dos Hospitais Sentinela receberam 649 tratamentos das gotas milagrosas, dr. José Gregorio Hernández, Carvativir para pacientes sintomáticos COVID-19.
O potencial terapêutico deste excipiente foi verificado por meio de diferentes testes clínicos e laboratoriais, analisados por nove meses contínuos pelos cientistas, e só agora as autoridades venezuelanas aprovaram a produção, comercialização e distribuição para uso no país.
A pesquisa Carvativir corresponde à linha de avaliação de compostos naturais e sintéticos contra o SARS-CoV-2, como parte de um projeto selecionado no Registro Nacional de Pesquisadores, explica um escritório do Ministério da Ciência e Tecnologia da Venezuela. O virologista venezuelano, Héctor Rangel, que dirige pesquisas sobre drogas potenciais contra COVID-19 no país, disse que a droga age favoravelmente contra células infectadas com o coronavírus.
"Com o aumento das concentrações do Carvativir, foi observada uma diminuição na formação de placas líticas. Isso indica uma atividade antiviral", disse o especialista, que explicou que o medicamento teria a capacidade de impedir a replicação viral do coronavírus no corpo do paciente.
Mesmo com o anúncio da medicação contra a COVID-19, a Venezuela segue estimulando medidas de prevenção e isolamento social.
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