Em um movimento de acirramento das tensões entre Rússia e EUA, o Departamento de Estado norte-americano deu um ultimato às empresas envolvidas na construção de um gasoduto ligando a Rússia à Alemanha, o Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2).
O secretário de Estado do governo Biden, Antony Blinken, publicou nesta quinta-feira (18) um apelo em uma rede social.
The Biden administration has made clear the Nord Stream 2 is a bad deal. We continue to monitor activity and warn any entity involved in the Nord Stream 2 pipeline will risk sanctions. We are committed to complying with the Congressional legislation in this regard.
— Secretary Antony Blinken (@SecBlinken) March 18, 2021
O governo Biden deixou claro que o Nord Stream 2 é um mau negócio. Continuamos monitorando as atividades e alertamos que qualquer entidade envolvida no gasoduto Nord Stream 2 que correrá o risco de sofrer sanções. Estamos empenhados em cumprir a legislação do Congresso.
Ele reafirmou a posição defendida pelo governo anterior, de Donald Trump, a de que o gasoduto "tem como objetivo dividir a Europa e enfraquecer a segurança energética". Moscou descreve o gasoduto como um projeto puramente econômico, alertando Washington para não o politizar.
Um dos pontos em questão é o trajeto do Nord Stream 2, que corre em paralelo ao Nord Stream, já operacional: ao invés das tradicionais rotas pelo Leste Europeu, ele cruza o mar Báltico.
Segundo os EUA, isso priva nações como Ucrânia dos dividendos obtidos com a passagem de gás natural por seus territórios, uma importante fonte de renda para alguns países.
Segundo medidas aprovadas pelo Congresso dos EUA em 2019 e 2020, empresas relacionadas à construção do gasoduto podem sofrer sanções do Tesouro norte-americano.
Antes das sanções entrarem em vigor, 20 empresas participantes do Nord Stream 2 deixaram a operação. Atualmente, faltam cerca de 100 km dos 1.230 km previstos. A expectativa é de que o gasoduto esteja operacional até o segundo semestre de 2021.
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