Casa Branca tenta evitar confrontação pública com Israel em relação a Irã, diz enviado dos EUA

© AP Photo / Carlos BarriaAs bandeiras nacionais dos EUA e do Irã
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A administração Biden pretende evitar qualquer confrontação pública entre Washington e Tel Aviv quanto ao Irã, contou o enviado do Departamento de Estado norte-americano ao Irã, Rob Malley, ao portal Axios.

De acordo com publicação da quarta-feira (10), o enviado disse que foram conduzidas prolongadas negociações com oficiais israelenses, já que a administração Biden está "empenhada em ser consultiva e transparente" com Tel Aviv.

Nesta quinta-feira (11), planeja-se o primeiro turno de conversações sobre Irã através de videoconferência entre o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, e seu homólogo israelense, Meir Ben-Shabbat. Oficiais israelenses, segundo o portal, têm a intenção de utilizar a primeira reunião para apresentar seus dados de inteligência sobre o programa nuclear de Teerã e ver se os posicionamentos norte-americanos são similares aos israelenses.

"Nós nem sempre concordamos, mas as negociações são extremamente abertas e positivas. Embora possamos ter interpretações e pontos de vista diferentes sobre o que aconteceu em 2015 e 2016, nenhum de nós deseja repeti-lo", afirmou Malley.

Aparentemente, o enviado estava se referindo às relações tensas entre Washington e Tel Aviv durante o mandato do ex-presidente dos EUA, Barack Obama, que não conseguiu atingir entendimento com o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu.

Na época, os dois líderes desconcordaram em vários assuntos, em particular, em um caminho de solução do conflito palestino-israelense e na implementação do acordo nuclear iraniano.

© AP Photo / Brendan SmialowskiEm junho de 2015, um conjunto de países aprovou, na cidade suíça de Lausanne, o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que regula o programa nuclear do Irã
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Em junho de 2015, um conjunto de países aprovou, na cidade suíça de Lausanne, o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que regula o programa nuclear do Irã

O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) foi celebrado em 2015 pela administração Obama e mais seis aliados: China, França, Rússia, Reino Unido, União Europeia e Alemanha. O acordo, que previa redução iraniana do seu programa nuclear em troca do alívio de sanções, provocou severa oposição de Netanyahu, que o rotulou como "erro histórico" e publicamente denunciou esforços de Obama favoráveis ao acordo.

Tel Aviv tem consistentemente expressado receios de que Teerã está desenvolvendo armas nucleares, apesar de a República Islâmica declarar que seu programa nuclear é exclusivamente pacífico. No entanto, o sucessor de Obama, Donald Trump, saiu do JCPOA em 2018.

Hoje em dia, a administração Biden expressou intenções de reviver o acordo nuclear, apelando a Teerã para que retomasse compromissos assumidos no âmbito do acordo. Por sua vez, o chanceler israelense disse durante reunião com embaixadores que foi atingido um entendimento entre Washington e Tel Aviv sobre a chamada "política sem surpresas", o que significaria que os EUA vão notificar Israel antes de darem passos em relação ao Irã.

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