Os EUA se preocupam bastante com o comportamento "predatório" da China no que diz respeito à tecnologia, conforme afirmou Edward Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, na quinta-feira (11), adicionando que a administração Biden vai se engajar com a China sempre que os interesses dos EUA estiverem em jogo, conta a agência Reuters.
O porta-voz do Departamento de Estado também informou que a proposta do ex-presidente Trump – na qual as escolas e universidades americanas deveriam divulgar suas parecerias com o Instituto Confúcio – não foi retirada do Registro Federal, contrapondo agentes da mídia estadunidense que afirmaram que a administração Biden teria descartado tal hipótese, segundo o South China Morning Post.
"Em se tratando do Instituto Confúcio, temos preocupação em relação às atividades do PCC [Partido Comunista chinês] incluídas através deste instituto, que podem afetar a liberdade acadêmica nos EUA", afirmou, citado pela mídia.
Price afirmou que, em 20 de janeiro, dia em que Joe Biden se tornou oficialmente o novo presidente dos EUA, o chefe de gabinete da Casa Branca, Ron Klain, congelou processos regulatórios, reprovando, assim, todos os documentos que não tivessem sido revisados pelo Escritório de Gestão e Orçamento até essa data, com ressubmissão sendo necessária para que pudessem voltar a ser revisados e aprovados.

Intitulada Estabelecendo Requerimento para Escolas Certificadas em Programas de Intercâmbio de Estudantes e Visitantes em Divulgar Acordos com Instituto Confúcio e suas Salas de Aula, a medida foi submetida ao Departamento de Segurança Interna pela administração Trump em 31 de dezembro de 2020. Se tivesse sido aprovada, cerca de 500 escolas dos ensinos primário e secundário e 65 universidades teriam de divulgar suas relações financeiras com o instituto em causa, que é, na verdade, uma organização afiliada ao Ministério da Educação chinês.
"O Departamento de Estado designou o Centro Americano do Instituto Confúcio como uma missão estrangeira do PCC. Isso se mantém", concluiu Price, itado pela South China Morning Post.
O instituto em questão respondeu dizendo que discorda da designação atribuída pelo Departamento de Estado norte-americano, adicionando que não teve qualquer influência sobre o funcionamento dos estabelecimentos de ensino estadunidenses.
No início de fevereiro, o diplomata sênior chinês, Yang Jiechi, disse ter esperança de que a administração Biden viesse a remover barreiras a comunicação e interação entre os dois países.
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