Biden ganha acesso às transcrições de telefonemas entre Putin e Trump, segundo jornal

© Sputnik / Aleksei Nikolsky / Acessar o banco de imagensPresidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, durante a reunião em Helsinque, Finlândia
Presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, durante a reunião em Helsinque, Finlândia - Sputnik Brasil, 1920, 10.02.2021
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O conteúdo de algumas conversas entre o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, continua em segredo, porém, o novo chefe norte-americano, Joe Biden, pode ter conseguido acesso, escreve o jornal Politico.

Segundo o Politico, pelo menos dezenas de conversas entre os líderes dos dois países permanecem em segredo, e o entendimento do que eles discutiram ajudará a perceber se Trump revelou alguma informação classificada ou fez alguns acordos que poderiam "pegar de surpresa a nova administração".

"Eles não precisam de nossa aprovação para ver estas [gravações]. Biden possui todos os materiais telefônicos. Há apenas um presidente neste momento", disse um ex-funcionário da Casa Branca da administração Trump, se referindo à nova equipe de Joe Biden encarregada pela segurança nacional.

Segundo mídia, a administração Biden não informou se viu ou não o conteúdo das ligações. No entanto, nota-se que o Conselho de Segurança Nacional não chegou a registrar qualquer reclamação ao acesso às transcrições dos telefonemas da administração anterior.

Ainda assim, o jornal ressalta que Trump "guardou cuidadosamente" suas conversas privadas com líderes estrangeiros enquanto estava no cargo, tendo, às vezes, limitado o acesso às conversas a empregados e membros do gabinete a fim de prevenir vazamentos. Embora as conversas não fossem gravadas, os secretários, como regra, as ouviam e transcreviam tudo. As transcrições separadas, incluindo as conversas com Putin, não foram eliminadas, tendo sido enviadas ao Arquivo Nacional dos EUA, segundo ex-funcionário da administração Trump.

O ex-presidente dos EUA era especialmente cuidadoso com privacidade nas conversas com o líder russo, confiscando as notas de seu intérprete ou até mesmo abrindo mão de tradutores e notadores em suas reuniões. "Há certas coisas que o presidente e seu pessoal imediato devem ser capazes de ter privilégios para exercer o trabalho de governar, sem serem sujeitos a um jogo partidário constante", disse outro ex-funcionário de Trump.

Marina Gross, que interpretou muitas ligações e reuniões de Trump com Putin, expressou que ouvindo as conversas dos dois muitas vezes se sentiu como se estivesse grampeando dois amigos conversando em um bar, escreve o jornal.

No entanto, ex-assessores de Trump afirmam ao jornal que Trump raramente disse a Putin algo que não anunciava publicamente.

"Trata-se de nossa prioridade de segurança nacional – descobrir o que Trump disse a Putin", constatou um dos ex-funcionários de segurança nacional, que agora trabalha com o novo presidente dos EUA, admitindo, no entanto, que "algumas coisas que aconteceram em alguns encontros cara a cara, onde não havia nem intérprete americano nem anotador, podem nunca ser conhecidas completamente".

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