O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou na terça-feira (9) que o relatório da Auditoria-Geral dos EUA (GAO, na sigla em inglês) sobre as sanções dos EUA contra a Venezuela demonstra "o dano criminoso que fizeram a homens e mulheres comuns" no país sul-americano.
"Como reconhecido, até mesmo pelos EUA […]. Saiu um relatório detalhado, que estamos estudando, que tem afirmações muito fortes sobre, eu diria, os danos criminosos que as sanções brutais causaram a homens e mulheres comuns na Venezuela", começa a dizer Maduro durante um pronunciamento em rede nacional.
O presidente venezuelano em seguida explica que todos estão sofrendo com as sanções, "que têm sido aplicadas contra todas as empresas, públicas e privadas; contra toda a sociedade, contra o povo da Venezuela e que violou o estado de bem-estar". Maduro diz que a renda nacional "teve uma queda de 99%".

No documento, a GAO alerta que as sanções dos EUA contra a Venezuela "tiveram um impacto negativo na já deteriorada economia" do país sul-americano, alertando que alerta que a economia venezuelana "caiu drasticamente desde a imposição de uma série de sanções norte-americanas desde 2015".
"As sanções, principalmente contra a estatal de petróleo [PDVSA] em 2019, provavelmente contribuíram para o declínio mais acentuado da economia venezuelana, principalmente por limitar as receitas da produção de petróleo", afirma a GAO.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, comentou o relatório dizendo que Washington apoia os venezuelanos, "fornecendo ajuda e fazendo todo o possível para garantir que nossa pressão sobre o regime de Maduro não piore as implicações humanitárias e o sofrimento humanitário do povo venezuelano", citado pela agência EFE.
Price concluiu garantiu que quando os EUA revisarem a política de sanções globalmente, "se houver maneiras de fornecermos assistência humanitária adicional, se houver maneiras de aliviar ainda mais o sofrimento do povo venezuelano, certamente o faremos".
'Contra-ataque' social
Durante o mesmo discurso, Maduro frisou que o governo passará da resistência heroica ao contra-ataque. O presidente quer restaurar o estado de bem-estar social implementado pela revolução bolivariana. Para isso, garante que vai se esforçar para recuperar a renda nacional e fortalecer os salários da classe trabalhadora.
Da mesma forma, o governo de Maduro tem planos de aperfeiçoar as ações de integração. De acordo com o presidente venezuelano, essa estratégia visa otimizar o sistema público de saúde, bem como programas de alimentação, educação, acesso à moradia, lazer e cultura, entre outros.
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