Alegando roubo, o governo do México argumenta que o lugar do acervo não é em uma sala de leilões europeia. O país considera que as peças que saíram do seu território foram necessariamente roubadas pelo atual proprietário.
Para Daniel Salinas, historiador e arqueólogo mexicano ouvido pela publicação da Rádio França Internacional, "na França, na ausência de evidências em contrário, presume-se que esses objetos foram obtidos legalmente".
"Deveria ser o oposto disso. O comprador deve provar a compra. Onde está a licença de exportação? O que seria obviamente impossível, uma vez que esses papéis não existem", acusa Salinas.
O México também afirma, mesmo sem ter tido acesso ao material, que algumas das obras mais proeminentes não são peças originais, mas meras cópias sem valor.
O historiador explica que, embora as reivindicações mexicanas nunca tenham tido um impacto jurídico real, elas ajudam a conscientizar os compradores e o público em geral das contradições do mercado de arte.
"No México, já estamos cientes da falta de ética neste mercado, mas temos que explicar internacionalmente porque é tão problemático", disse Daniel Salinas.
"Uma das soluções possíveis seria, portanto, apostar numa reviravolta da opinião pública como aconteceu com os safaris: durante muito tempo, foi considerado muito glamoroso caçar elefantes na África e ter o seu próprio troféu sobre a lareira. Mas agora, é condenado pela sociedade", concluiu.
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