Ao comentar a intenção do atual presidente dos EUA, Joe Biden, de revisar o acordo comercial entre EUA e China, o artigo publicado pelo site disse que, com base em dados disponíveis publicamente, "é difícil imaginar que eles encontrarão outra coisa senão um desastre" na economia dos EUA.
A matéria informa que um estudo recente, encomendado pelo Conselho de Negócios entre EUA e China, conclui que "a guerra comercial contra a China prejudicou a economia dos EUA e não conseguiu atingir os principais objetivos políticos" a que se destinava. O mesmo estudo diz que as decisões tomadas por Trump reduziram o crescimento econômico do país e custaram aos Estados Unidos 245 mil postos de trabalho.

A guerra comercial, de acordo com a matéria do Axios, tinha o objetivo de "colocar a China de joelhos diante dos EUA", impondo tarifas de 25% sobre muitas importações que deveriam, entre outras consequências, conter o déficit comercial norte-americano e impulsionar as exportações do país.
No entanto, o que realmente aconteceu foi que o déficit comercial dos EUA aumentou para o maior patamar já registrado: no quarto trimestre, os índices atingiram a maior parcela em relação ao PIB do país desde 2012. Além disso, o investimento estrangeiro direto nos Estados Unidos caiu 49% em 2020, superando a média de queda global de 42%.
"As tarifas forçaram as empresas norte-americanas a aceitar margens de lucro mais baixas, cortar salários e empregos para os trabalhadores do país, adiar potenciais aumentos ou expansões salariais e aumentar os preços para consumidores ou empresas norte-americanas", disseram analistas da Brookings Institution, citados pela Axios.
Todos esses números, segundo o site, começaram a aparecer em 2017, e a pandemia de COVID-19 confirmou a tendência, já que a política de Trump no combate ao novo coronavírus não foi capaz de conter o aumento de contaminações e não tirou a economia dos EUA da recessão.

O governo Biden terá a missão de reconstruir a relação dos Estados Unidos com a China, abalada após o governo Trump. Nesta terça-feira (2), o renomado diplomata chinês Yang Jiechi pediu que China e Estados Unidos restaurem seu relacionamento com um desenvolvimento previsível e construtivo.
Segundo Wendy Cutler (antiga negociadora de comércio internacional norte-americana), o comércio fará parte da política de negociações do presidente norte-americano Joe Biden com a China, mas não será a força motriz nas relações EUA-China.
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