Impeachment: metade dos norte-americanos acha que o Senado deve condenar Trump

© REUTERS / Rachel WisniewskiManifestante durante ato contra o presidente dos EUA, Donald Trump, em Harrisburg, Pensilvânia, EUA, 17 de janeiro de 2021
Manifestante durante ato contra o presidente dos EUA, Donald Trump, em Harrisburg, Pensilvânia, EUA, 17 de janeiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 02.02.2021
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O julgamento de impeachment do ex-presidente Donald Trump no Senado, o segundo em pouco mais de um ano, está marcado para começar em 8 de fevereiro, semanas depois que a Câmara votou a favor do impedimento.

Com o julgamento de impeachment se aproximando, 50% dos norte-americanos disseram que gostariam de ver Donald Trump culpado por seu papel em incitar o motim de 6 de janeiro no Capitólio dos EUA, que deixou cinco mortos, incluindo um policial do Capitólio. No extremo oposto, 41% querem que o ex-presidente seja absolvido, mostra pesquisa divulgada na segunda-feira (1º) pelo instituto de opinião pública Marist.

Quando os entrevistados são divididos nos dois principais partidos, a divisão se torna muito menos uniforme. Entre os democratas, 90% disseram que Trump deveria ser considerado culpado de incitar a insurreição, enquanto apenas 5% acreditam que ele deveria ser absolvido.

Por outro lado, 90% dos republicanos querem ver Trump absolvido no julgamento e apenas 5% disseram que ele deveria ser condenado. Os independentes, entretanto, estão um pouco mais divididos: 49% acreditam que Trump deveria ser condenado em seu julgamento no Senado, enquanto 39% desejam ver o ex-presidente exonerado.

A pesquisa Marist entrevistou 1.313 adultos norte-americanos de 24 a 27 de janeiro e possui uma margem de erro amostral de 3,3 pontos percentuais.

© REUTERS / Leah Millis Presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi mostra artigo assinado de impeachment contra o presidente Donald Trump, no Congresso em Washington, 13 de janeiro de 2021
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Presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi mostra artigo assinado de impeachment contra o presidente Donald Trump, no Congresso em Washington, 13 de janeiro de 2021

Segundo impeachment

O caso de impeachment se concentra na retórica de Trump antes e durante a invasão do Capitólio por uma multidão de seus apoiadores, que procuraram interromper a certificação do Congresso norte-americano dos resultados do Colégio Eleitoral, que mostrava o democrata Joe Biden como o vencedor das eleições presidenciais de 2020.

Antes de o tumulto estourar, Trump discursou e exortou seus apoiadores a "descerem ao Capitólio". Mesmo enquanto as pessoas invadiam o Capitólio, o ex-presidente parecia tolerar o comportamento, chamando os manifestantes de "grandes patriotas" em um tweet excluído logo depois.

O episódio gerou uma indignação bipartidária, com legisladores democratas e republicanos colocando a culpa pela insurreição diretamente em Trump. A Câmara dos Representantes votou pelo impeachment de Trump durante seus últimos dias no cargo e o acusou de incitar uma insurreição, responsabilizando-o pelo motim do Capitólio dos EUA.

No Senado, todavia, parece altamente improvável que senadores suficientes votem para condenar Trump. Pelo menos 67 senadores precisariam votar para declarar o ex-presidente culpado. Mesmo que cada um dos 50 democratas votasse para condená-lo, pelo menos 17 membros republicanos teriam de se juntar a eles.

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