O advogado de Jacob Chansley, um dos invasores do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro, afirmou que o seu cliente está disponível para testemunhar no julgamento de impeachment do ex-presidente Donald Trump, que começa em 8 de fevereiro no Senado.
O advogado Albert Watkins explicou que seu cliente foi anteriormente "terrivelmente apaixonado" por Trump, mas agora se sente decepcionado após a recusa de Trump em conceder perdão a Chansley e outros que participaram da insurreição. "Ele se sentiu traído pelo presidente", comentou Watkins, citado pela agência Associated Press.
QAnon e Trump
Com o torso nu e usando um chapéu feito de pele e chifres, Jacob Chansley, do Arizona, EUA, foi uma das figuras que mais chamou a atenção da mídia durante a invasão do Capitólio, em Washington, EUA. Chansley se classifica como um "guerreiro espiritual" e "um soldado digital do QAnon".

QAnon é um movimento e uma teoria da conspiração que alega que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, está lutando contra um grupo liberal global de pedófilos satanistas, que inclui políticos, como Hillary Clinton, e o investidores, como George Soros, além de estrelas de Hollywood.
Chansley, que se autodenomina o xamã do QAnon e usa o pseudônimo de Jake Angeli, durante muito tempo foi uma presença constante nos comícios de Trump e afirmou às autoridades norte-americanas que foi ao Capitólio "a pedido do presidente para que todos os 'patriotas' viessem a Washington em 6 de janeiro", segundo os registros judiciais citados pela mídia.
Chansley e pelo menos quatro outras pessoas estão enfrentando acusações federais decorrentes da insurreição de 6 de janeiro.

O advogado Albert Watkins disse que não falou ainda com nenhum membro do Senado, mas garantiu que é importante que os senadores ouçam a voz de alguém que foi incitado por Trump a participar da invasão do Capitólio.
Em 6 de janeiro, apoiadores de Trump, entre eles muitos adeptos do QAnon, invadiram o Congresso dos EUA para protestar contra a certificação dos votos no democrata Joe Biden no Colégio Eleitoral, que prevaleceu sobre o então presidente nas eleições de 3 de novembro. O episódio deixou cinco mortos e vários invasores foram detidos.
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